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Silicone da PIP deve ser “removido por precaução”, aconselha Governo francês

siliconeAs mulheres francesas que colocaram implantes mamários da marca Poly Implantes Prothèses (PIP) foram aconselhadas pelo Governo a remover o silicone, por motivos “preventivos” e “sem urgência”. O ministro da Saúde francês, Xavier Bertrand, bem como a secretária de Estado da tutela, Nora Berra, emitiram um comunicado que recomenda uma consulta ao cirurgião e médico que acompanharam o processo.

O Governo francês emitiu um comunicado a aconselhar as 30 mil mulheres francesas que colocaram implantes mamários da PIP a proceder à remoção, “a título preventivo e sem qualquer caráter de urgência”, segundo indica a nota divulgada pela AFP.

O titular da pasta da Saúde, Xavier Bertrand, considera que o silicone deve ser retirado, uma vez que não é o indicado para aquele tipo de cirurgia (é industrial e apresenta um risco muito superior de rutura).

As mulheres que foram sujeitas a esta intervenção cirúrgica devem também, segundo o ministro da Saúde, “consultar o médico e cirurgião” responsáveis pelo processo. É também recomendada a realização de “exames clínicos e radiológicos”, com caráter preventivo.

Este comunicado surge após as autoridades de saúde francesas terem associado a morte de uma mulher a um implante feito com material da PIP, que utilizou silicone industrial, carregado de produtos tóxicos potencialmente mortais. Entre os potenciais perigos estão riscos de cancro, de rompimento e inflamações.

No entanto, entretanto foi emitido um parecer do Instituto Nacional do Cancro, que nega que existam “riscos acrescidos de cancro” devido a este tipo de silicone. E foi precisamente este parecer que suscitou o comunicado do Governo francês.

As mulheres que colocaram próteses desta marca foram assim chamadas a retirar o perigo que carregam ao peito. O director de Saúde e o Instituto Nacional do Cancro ordenaram que lhes fosse removido o implante. Segundo o jornal Libèration, estima-se que 30 mil francesas estejam nestas circunstâncias. Além da morte já registada, indica aquele periódico francês, há oito casos de pacientes com cancro.

As mulheres correm riscos de cancro, de inflamações e de rompimento do implante. As autoridades de saúde já deteraram oito cancros: cinco na mama, um linfoma raro no seio, um linfoma na amígdala de uma paciente e ainda uma leucemia.

Por outro lado, acrescenta o Libèration, “as autoridades de saúde solicitam às mulheres que retirem próteses mamárias da PIP”. Nos últimos 18 meses, já foram retiradas cerca de 530 próteses desta marca.

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