A cidade de Campinas, escolhida como sede da Seleção de Portugal no Mundial do Brasil, lida com uma epidemia de dengue. As autoridades de saúde contabilizam mais de 35 mil casos desde o início do ano e esperam que a curva epidemiológica mantenha a tendência de queda.

Portugal pode ter de enfrentar mais um adversário no Mundial, para além de Alemanha, Gana e EUA: o dengue. Isto porque a cidade escolhida para albergar a Seleção Nacional, Campinas, tem tido dificuldades para lidar com a recente epidemia.

A dias da chegada da comitiva portuguesa (prevista para 11 de junho), as autoridades de saúde registaram 35.184 casos de dengue (de 1 de janeiro a 29 de maio), que provocaram três vítimas mortais (três mulheres com 27, 69 e 81 anos), segundo revelam os dados oficiais. Mas há três outros casos ainda em investigação.

“É uma epidemia de registo, que ultrapassa os 11.500 casos registados em todo o ano de 2007”, reconheceu Andrea Von Zuben, a coordenadora do programa de controlo da dengue em Campinas, citada pela France Press.

A boa notícia é que a tendência da curva epidemiológica da doença é de queda, como realçou o secretário de Saúde, Carmino de Souza: “chegaremos no final de maio com a mesma altura dos números de março, mas em forma de decréscimo. Estamos com uma queda dramática, ampliada pelas últimas duas semanas, quando a redução foi acentuada”.

A dengue é uma infeção viral que causa fortes dores de cabeça, dores musculares e articulares e erupção cutânea e tem como agente transmissor o mosquito ‘aedes aegypti’.

Ainda há poucos dias, a TV Brasil revelava que Campinas concentrava 34 por cento dos casos registados a nível nacional.