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Sarkozy pisca o olho ao eleitorado de Le Pen e gera desconforto no partido

nicolas_sarkozyUma afirmação de Nicolas Sarkozy inserida numa estratégia políticadas Presidenciais de França, para colher votos da extrema-direita de Marine Le Pen, suscitou desconforto no partido UMT. Sarkozy, que disputa com Hollande a segunda volta a 6 de maio, diz que os ideais extremistas de Le Pen “são compatíveis” com a República.

Depois da derrota na primeira volta das Presidenciais de França, Nicolas Sarkozy sabe que tem de cativar os votos que Marine Le Pen granjeou: mais de 17 por cento do eleitorado francês. No entanto, se elogiar a candidata de extrema-direita pode representar votos conquistados a François Hollande, pode também ter o seu preço.

E Sarkozy poderá não ter pesado os prós e os contras, quanto afirmou que os ideais de Marine Le Pen “são compatíveis com a República de França”.

A segunda volta das Presidenciais realiza-se a 6 de maio, sendo que Hollande tem vantagem, como candidato de direita (ideologicamente menos distante do eleitorado de Le Pen) e como candidato mais votado na primeira mão.

No entanto, numa análise histórica, verifica-se que a extrema-direita não costuma ceder de forma massiva para o candidato de direita. Nesse sentido, os 17 por cento de Le Pen podem distribuir-se, sem grandes perdas para Sarkozy.

Certo é que, em caso de derrota, o ainda Presidente francês, o UMP, partido de Sarkozy, entra em tempos difíceis.

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