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Sarkozy com ‘pólvora seca’ frente a um Hollande à prova de bala

sarkozy_hollande_debateNa reta final da corrida ao Eliseu, Nicolas Sarkozy terá disparado o derradeiro ‘tiro’ em direção a François Hollande, na tentativa de recuperar da desvantagem que tem para o candidato socialista. No entanto, o Presidente não aproveitou essa oportunidade, muito por culpa de Hollande.

O debate de ontem entre os dois candidatos à Presidência de França, país que regressa às urnas no domingo, acabou por representar, provavelmente, o adeus de Sarkozy ao Eliseu, sendo praticamente unânime, entre os comentadores políticos franceses, que Hollande vai suceder ao atual Presidente, o que, a confirmar-se, representa um facto histórico.

Nesta disputa de argumentos, Sarkozy apresentou os sinais de quem corre atrás e não conseguiu contra-argumentar, perante os trunfos de mudança que Hollande deixou cair na mesa.

“Mentira” foi palavra muitas vezes repetida, em sinal de intranquilidade de Sarkozy, que disparou tiros de pólvora seca. “Mudança”, respondeu Hollande, à prova de bala, em vésperas de eleições e com a segurança que as sondagens lhe conferem.

O frente a frente de ontem era a derradeira oportunidade para Sarkozy se erguer das cinzas e denunciar as fragilidades de François Hollande. Mas o Presidente não o conseguiu. E sucumbiu, perante a imunidade do seu adversário, mais ofensivo do que seria de esperar, em virtude do seu perfil.

Assim, França deve mudar de rumo, a partir de domingo, com uma previsível vitória de François Hollande. As sondagens reforçam a vantagem do candidato socialista e Sarkozy nada mais pode fazer do que reinventar argumentos. Mas falta-lhe tempo, o tempo que perdeu a conquistar (sem sucesso) o eleitorado de Marine Le Pen.

A contagem decrescente para as Presidenciais começa agora. Mais de 45 milhões de eleitores vão às urnas no domingo. O destino da França parece estar já traçado.

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