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Referendo da Escócia: “Pensem muito bem”, recomenda a Rainha Isabel II

isabel iiA Rainha do Reino Unido abdicou de fazer campanha no referendo sobre a independência da Escócia. O silêncio de Isabel II só foi quebrado, ontem, para um conselho aos eleitores que tem sido interpretado como uma ameaça velada: “pensem muito bem sobre o futuro”.

Qual é o futuro da Escócia? A poucos dias do referendo que vai decidir entre a continuidade no Reino Unido e a independência, a (ainda) chefe de Estado deixou um conselho que tem sido encarado, pela generalidade dos comentadores políticos britânicos, como uma ameaça velada.

A Rainha Isabel II, que se tem mantido afastada da campanha, proferiu ontem este comentário dirigido aos eleitores escoceses, quando saía de uma missa em Balmoral, na Escócia: “espero que as pessoas pensem muito bem sobre o seu futuro”.

Um futuro que se decide no próximo dia 18, quando os escoceses vão decidir nas urnas entre o ‘sim’ à independência e o ‘não’.

As sondagens mostram que a disputa continua muito equilibrada, embora com uma escassa vantagem para os defensores da união britânica.

No lado independentista, a principal força política, o Partido Nacional Escocês, já adiantou que em caso de vitória do ‘sim’ será promovido um outro referendo, agora visando definir o futuro do regime monárquico.

O Palácio de Buckingham lembrou, logo após o comentário de Isabel II, que a Rainha tem um dever de imparcialidade, pelo que os unionistas recordaram as palavras da chefe de Estado em 1977, quando Escócia e País de Gales reivindicavam uma maior autonomia.

“Não posso esquecer que fui coroada rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte”, evocando “os benefícios que a união trouxe no plano interno e internacional a todos os habitantes de todas as partes do Reino Unido”, frisou, à época, Isabel II.

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