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Quer deixar de fumar? Não use os cigarros eletrónicos

cigarro eletronico Os cigarros electrónicos não são alternativa aos tradicionais. A ideia de trocar de cigarros para deixar de fumar “podia ser muito boa, mas tem falhado redondamente”, como explica Fernando Barata, presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão.

Se quer deixar de fumar, esqueça os cigarros eletrónicos. Trocar dos cigarros tradicionais por este é uma ideia que “tem falhado redondamente”, como adianta o presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, Fernando Barata.

“A ideia inicial de ir do cigarro tradicional para o eletrónico para deixar de fumar não tem acontecido na prática nos nossos doentes. Essa ideia, que inicialmente podia ser muito boa, tem falhado redondamente”, afirmou o pneumologista Fernando Barata, citado pela Lusa, no primeiro dia do Congresso Português do Cancro do Pulmão.

Os métodos tradicionais de cessação tabágica continuam a ser os mais aconselháveis, até porque quem muda para os cigarros eletrónicos aguenta “um ou dois meses” até voltar ao tabaco.

O especialista salientou que os cigarros eletrónicos, para além de “não serem uma alternativa para deixar de fumar”, podem ser um estímulo para uma iniciação ao tabagismo.

“Mesmo em grupos mais jovens que começam a fumar cigarro eletrónico, o que vemos é depois uma passagem rápida para o cigarro tradicional”, salientou Fernando Barata.

As consultas de cessação tabágica e até a medicação continuam a ser “muito mais” eficazes para quem quer deixar de fumar, insistiu o presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão.

As opiniões dos especialistas complementam as indicações que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem vindo a dar ao longo do ano.

Ainda em agosto, a OMS recomendava a proibição da venda de cigarros eletrónicos a menores de idade e a grávidas, uma vez que o consumo acarreta “ameaças graves” para os adolescentes e fetos.

Mas os cigarros eletrónicos não são ainda a grande preocupação dos especialistas reunidos no Congresso Português do Cancro do Pulmão: o tema mais preocupante é a incidência do tabaco no cancro do pulmão.

As estimativas que vão ser analisadas durante o evento mostram que, no cancro do pulmão, o fumo do tabaco é responsável por 90 por cento da mortalidade nos homens e 80 por cento nas mulheres.

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