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PSD em queda nas sondagens; Passos “tem de trabalhar” para ganhar eleições

Sondagem da Marktest coloca PS pela primeira vez à frente do PSD de Passos Coelho, ainda que por uma diferença mínima. “Sondagens são um bom aviso e lembram que as eleições não estão ganhas. Há que trabalhar mais”, diz Passos Coelho, em reação. CDS não supera os oito por cento, igualando a CDU, e o Bloco cai para seis por cento. Fica afastado um cenário de maioria de Direita no Parlamento. Um em cada três portugueses não sabe em quem vai votar.

Depois do congresso do PS e do anúncio dos cabeças de lista por parte dos partidos – com natural destaque para a chamada de Fernando Nobre ao projeto do PSD, a Marktest apresenta um estudo de opinião que confere um empate técnico entre Sócrates e Passos Coelho, a um mês e meio das eleições legislativas de 5 de junho.

Com 36 por cento das intenções de voto, José Sócrates lidera a corrida a São Bento, garantindo mais um por cento do que o PSD de Passos Coelho. Este diferença residual vem adensar as dúvidas sobre o futuro político, mas afasta um cenário que há algumas semanas era previsível: uma maioria de Direita no Parlamento.

Em comparação com a sondagem anterior da Marktest, verifica-se uma grande variação do eleitorado, em menos de um mês. Neste estudo, realizado a 23 de março, a Marktest previu 24.5 por cento para o PS e 46.7 para o PSD. Nessa altura, Passos Coelho estava no limiar da maioria absoluta, o que era conseguido com uma coligação com o CDP (então com 8.9 por cento das intenções de voto).

O presidente do PSD já reagiu à sondagem. “Não são bons indicadores, mas há um aspecto positivo a retirar: as sondagens fazem lembrar que as eleições nunca estão ganhas e que é preciso trabalhar mais para poder ganhar””, disse Passos Coelho.

Entretanto, com alguns factos políticos a provocar alterações, surge um crescimento do PS, superior a 10 por cento, e uma queda do PSD, igualmente superior a uma dezena de pontos percentuais. É certo que a campanha ainda não está no terreno, mas esta variação não deixa de ser significativa.

A campanha será, portanto, decisiva, até para convencer um terço do eleitorado, que ainda não definiu a sua intenção de voto. Há um aumento de indecisos, de 29 para 36 por cento, em comparação com a sondagem anterior.

Com resultado pouco animador surgem CDS (oito por cento) CDU (oito pontos) e Bloco de Esquerda (seis por cento), partidos que não crescem. A confirmar-se esta proximidade entre o partido do Governo e o principal partido da oposição, associada à fraca expressão das restantes forças com assento parlamentar, prevê-se uma necessidade de diálogo, para que Portugal não regresse ao cenário político que provocou a queda do Governo.

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