Em cerca de mil hectares destinados à produção de batata, que ficaram “parcialmente afectados”, as chuvas provocaram um “excesso de humidade nos solos” que, de acordo com o responsável, tanto tem impedido o crescimento da produção como as novas sementeiras. Há muitos agricultores que continuam com as encomendas de batata em armazém, pois não tem sido possível semear.
Só na região oeste os prejuízos devem ascender a 2,4 milhões de euros, calcula António Gomes, entre o tempo de paragem (estão cerca de 300 hectares à espera de serem semeados), os custos da fase da plantação (como a aquisição de adubos e pesticidas), os custos com o pessoal e a preparação dos terrenos.
“Verifica-se menos rendimento para os agricultores e menos batata no mercado, que tem como consequência os elevados preços da que existe para os consumidores e a importação”, explicou o presidente da Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste, revelando que a produção deste ano será menos de metade da de um ano normal, em 3000 hectares de produção.
De acordo com os dados fornecidos pela associação, o Oeste é responsável por 25 por cento da produção nacional de batata, encontrando-se entre as quatro maiores do país.