O segundo dia de provas no GP Histórico do Porto já trouxe a emoção das corridas ao Circuito da Boavista e também colocou em pista algumas das relíquias mais antigas do automobilismo.
O confronto da Historic Endurance foi marcado pelo duelo entre Mário Silva e Michiel Campagne, que teve o seu ponto alto quando o Porsche 911 do português colidiu com a traseira do Corvette Stingray do holandês, que se atrasou.
Posteriormente o piloto de Cascais devolveu a liderança, mas uma saída apressada das boxes no ‘pit stop’ valeu-lhe uma penalização e sentenciou o resultado. Alexandre Guimarães acompanhou Champagne e Silva no pódio.
Mas também a prova da Sixties Endurance não foi o que se estava à espera, uma vez que Ewan Mcintyre não tinha conseguido a ‘pole position’ e deixou toda a concorrência para trás, provando que, se bem guiado, o seu Lotus 15 não tem rivais na competição.
José Pedro Fontes ainda tentou acompanhar o britânico, mas não conseguiria, vindo a atrasar-se bastante na segunda metade da corrida devido a problemas no Jaguar E, o que permitiu a Dominique Guenat e Yvan Mahe levarem o AC Cobra à segunda posição, e a Dominique Vanaty e Olivier Siebenthal colocarem o Ford Shelby GT350 na terceira posição.
A prova da Taça ANPAC para clássicos nacionais foi tudo menos pacífica, já que se Carlos Barbot assumiu a liderança no começo, Luís de Barros acabou por protagonizar o ‘caso’ da corrida ao dar um toque no Lola do seu adversário, que se atrasou.
Barbot levaria sete voltas a voltar ao comando, enquanto Barros foi penalizado com passagem pelas boxes, vindo a terminar no terceiro posto, atrás de António Nogueira, que beneficou com o incidente, apesar do motor do seu Ford Capri se partir na última volta.
Mas a polémica não se ficou aqui, já que na prova de Super Stock ficou marcada pela desclassificação dos carros que cortaram a meta nas três primeiras posições. Isto porque o Ford Escort de Luís Alegria, o Volkswagen Golf GTi de Lourenço Correa Mendes e o Alfa Romeo de Manuel Oliveira estavam abaixo do peso regulamentar. O que concedeu a vitória a Fernando Gaspar.
Neil Fowler contrariou o favoritismo de Arnaud Rechede para a primeira corrida dos monolugares mais recentes da Formula Ford Historique France, impondo-se concludentemente, enquanto o francês se preocupou em manter o segundo posto.
É certo que Rechede também beneficiou do duelo pelo terceiro posto entre Pierre Lombardi e Alain Girardet, e que foi favorável ao primeiro, numa corrida onde João Campos Costa foi quinto, Depois o piloto português trocou o Lola MK5 pelo Merlyn e não deu qualquer hipótese a ninguém na corrida dos carros mais antigos.
