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Portos nacionais movimentam 87 M de toneladas em 2018 menos 2,5% que recorde de 2017

Os portos comerciais do continente movimentaram cerca de 87 milhões de toneladas de mercadorias em 2018, menos 2,5 por cento face ao recorde de 2017, destacando-se Sines, com uma quota de 51 por cento, foi hoje divulgado.

Segundo o relatório sobre “Tráfego Marítimo de Mercadorias no Contexto da Intermodalidade”, elaborado pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), este recuo deve-se sobretudo à redução da importação de granéis líquidos, “onde o petróleo bruto detém especial significado”.

Entre os portos com variações negativas face a 2017, destacam-se Lisboa (-6,8 por cento), Leixões (-2,4 por cento) e Sines (-4,6 por cento).

Em sentido oposto, “apenas Aveiro, Setúbal e Faro observaram uma variação positiva, com acréscimos de, respetivamente, 9,2 por cento, 12,7 por cento e 71,3 por cento”.

Em 2018, o transporte marítimo representou uma quota de 4,4 por cento do total do tráfego nacional e de 73,8 por cento do tráfego internacional.

De acordo com os dados apurados pela AMT, foram movimentadas em 2018 pelos diversos modos de transporte (marítimo, rodoviário, ferroviário e aéreo) cerca de 252,4 milhões de toneladas de mercadorias em termos de peso líquido, menos 1,2 por cento face ao registado em 2017, tendo o tráfego nacional sido responsável por 58,5 por cento, e o tráfego internacional por 41,5 por cento.

O volume global de mercadorias transacionadas internacionalmente por Portugal atingiu em 2018 um total de 101,6 milhões de toneladas (-1,4 por cento face a 2017), correspondentes a 133 mil milhões de euros (+6,8 por cento), a preços correntes.

Na distribuição modal deste volume de mercadorias, a quota maioritária, de 56,5 por cento, coube ao transporte marítimo, em termos de peso das mercadorias, e em valor, a quota dominante, de 59,6 por cento, coube ao transporte rodoviário.

Segundo a AMT, o tráfego de importação recorreu sobretudo ao transporte marítimo, que representou 60,5 por cento da tonelagem e 26,7 por cento do valor, em 2018, tendo ficado aquém da tonelagem de 2017 em 3,7 por cento e excedido o seu valor em 10,3 por cento.

Das mercadorias importadas pelo modo marítimo destaca-se em volume o petróleo bruto, correspondente a 32,6 por cento do total.

O relatório indica também que o volume de importações por utilização dos portos comerciais do Continente desceu 4,6 por cento face a 2017, tendo tido o maior contributo do porto de Sines que representou uma quota de 54 por cento.

O transporte marítimo de mercadorias movimentadas nos portos do Continente em 2018 foi assegurado por operadores de cerca de 62 nacionalidades, sendo que no tráfego internacional o maior volume foi afeto à Suíça, com uma quota de 29,7 por cento, seguindo-se a Holanda e a Grécia com 8,3 por cento e 8 por cento, respetivamente.

O relatório destaca a quebra de 38 por cento registada no volume de mercadorias transportada por operadores registados no Reino Unido, em 2018 face a 2017, “de cuja responsabilidade não é alheio o processo do Brexit [saída do Reino Unido da União Europeia]”.

No tráfego nacional, Portugal manteve, no ano passado, a primeira posição como país de registo preferencial dos operadores deste tráfego, com 73,3 por cento (um aumento de 3,6 por cento face a 2017), seguindo-se a Alemanha, com 7,4 por cento, a Holanda, com 6,8 por cento, e a Suíça, com 4,7 por cento.

O Panamá manteve-se como o país de registo de navios com maior movimentação em termos de tráfego internacional, responsável por movimentar cerca de 15,6 por cento do total, num valor de mais de 12 milhões de toneladas, seguindo-se a Libéria e Malta, com 15,2 por cento e 12,2 por cento, respetivamente.

“Neste capítulo Portugal regista também um comportamento notável, pois cresce 38,4 por cento, fixando-se com uma quota de 7,2 por cento, ocupando a quinta posição”, indica o relatório.

Relativamente ao volume de contentores movimentados, atingiu em 2018 um total de 2,9 milhões de TEU, volume idêntico ao registado no ano anterior, depois do aumento de 9,3 por cento registado em 2017 face a 2016, com uma taxa média anual de crescimento de 4,9 por cento nos últimos cinco anos.

Segundo o relatório, o movimento de navios em 2018 registou um total de 10.325 escalas e uma arqueação bruta (GT) (medida do volume total dos espaços fechados do navio) de cerca 205,5 milhões, traduzindo quebras de 3,1 por cento e de 0,3 por cento, respetivamente, face a 2017.

Leixões manteve-se como o porto com o maior número de escalas, com uma quota de 24,3 por cento do total, seguido de Lisboa (22,8 por cento) e de Sines (20,3 por cento), com quebras de 3,6 por cento, 7,4 por cento e 5,1 por cento, respetivamente.

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