O ministro Paulo Macedo considera que existe um desperdício no Serviço Nacional de Saúde (SNS), estimado em 800 milhões de euros. Durante o ano de 2012, através de um “controlo de eficiência”, o titular da pasta da Saúde quer menos fraude e menos chefias no setor.
Segundo Paulo Macedo, o Serviço Nacional de Saúde pode “melhorar muito”, mesmo sendo feito um corte da despesa. Quando esta despesa é dispensável, a medida de redução de gastos torna-se imperial.
“Diferentes investigações e até a opinião de profissionais revelam que há possibilidades concretas de combate ao desperdício. Todos os estudos indicam que é possível poupar cerca de 800 milhões de euros apenas com o combate ao desperdício”, afirmou o ministro da Saúde.
Paulo Macedo considera, no entanto, que a luta contra os gastos desmesurados não é suficiente para a sustentabilidade do SNS. “É preciso evitar uma nova acumulação de dívida, no caso de os hospitais não conseguirem reduzir custos”, revela.
O membro do Governo cita um exemplo de acumulação de passivos que não pode suceder: “Um hospital com 40 milhões de euros de despesa não pode, no ano seguinte, reduzir apenas 20 milhões. É preciso que, de facto, deixe de acumular dívidas”, refere.
Além da despesa, também no combate à fraude e a redução de chefias permitirá gerar poupança no setor. No entanto, apesar de considerar que estes ‘cancros’ têm de ser tratados, o ministro da Saúde está otimista.
