Economia

Partex vai aumentar produção e crescer em novos mercados

O presidente executivo da Partex, António Costa e Silva, acredita que o novo acionista, a empresa tailandesa PTT Exploration and Production, vai permitir aumentar a produção e crescer em novas geografias sobretudo em países de língua portuguesa.

Em declarações aos jornalistas, Costa e Silva afirmou que a aquisição pela empresa pública tailandesa, operação que deve estar fechada até ao final do ano, permite “criar em Portugal uma plataforma de crescimento da PPTEP no mundo, sobretudo para o hemisfério ocidental, começando no Médio Oriente, mas alargando a todas estas áreas sobretudo os países em que se fala português”.

“Estou a tentar convencer o CEO [presidente executivo] do meu novo acionista. A Partex está no Brasil, em Angola, temos excelentes relações em Moçambique, contactos muito estreitos na Argélia, que é outro país onde a PTTEP está presente”, justificou.

Além das hipóteses de crescerem em novos mercados, o presidente da Partex, que se manterá no cargo após a mudança acionista, refere as possibilidades no gás, mercado que “é muito caro à Partex”.

“Fomos das primeiras empresas que se dedicou ao gás, desde 1974, e que vai ser uma solução de futuro em combinação com energias renováveis”, defendeu.

Costa e Silva explicou que a Partex viveu “uns anos sem investimento”, depois da decisão da Fundação de sair do negócio do negócio”, realçando que “uma empresa sem investimento afeta a sua operacionalidade e a sua capacidade agir”.

“Temos vários projetos em Abu Dhabi e em Omã, onde fomos repetidamente convidados a participar e não pudemos, porque a Fundação não estava inclinada para investir”, explicou, referindo que “neste ciclo são necessários grandes investimentos”.

A PTT Exploration and Production, empresa pública tailandesa de exploração e produção de petróleo, vai pagar cerca de 555 milhões de euros para ficar com 100 por cento da Partex, petrolífera que representa cerca de um quinto dos rendimentos da Fundação Calouste Gulbenkian.

A PTTEP é uma empresa pública, cotada na Bolsa da Tailândia, que integra os índices Dow Jones Sustainability, e tem uma capitalização bolsista de 16.000 milhões de euros. A operar desde 1985, tem 46 projetos petrolíferos em 12 países espalhados pelo mundo.

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