Olli Rehn, comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, elogia hoje a “confiança” que Portugal tem ganho entre “os parceiros internacionais”, mas, apesar do “otimista”, alerta que “serão necessários mais esforços de consolidação orçamental em 2014”.
O comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, escreveu um artigo de opinião, hoje publicado no Diário Económico, a realçar que “a situação da economia portuguesa está a melhorar, embora não existam soluções rápidas”. Nos próximos dois anos, “há muita coisa por fazer” para que Portugal consiga “ultrapassar esta crise sem precedentes”.
“As reformas em curso em Portugal abrem caminho ao otimismo”, assegura o político europeu, argumentando: “o País tem conquistado confiança entre os parceiros internacionais e essa crescente confiança traduzir-se-á em ganhos para a economia portuguesa através de um modelo de crescimento mais equilibrado e sustentável, que produzirá mais e melhor emprego”.
“Dificuldades” e “desafios”
“Emprego” é, contudo, algo que não existe para centenas de milhares de portugueses. Ollhi Rehn admite “as dificuldades que muitos cidadãos portugueses enfrentam”, pois “perderam o emprego ou foram afetados por cortes nos salários ou nas pensões”, mas responde que serão necessários “mais esforços” para a consolidação das contas públicas, uma vez que o défice tem de ser reduzido a 4,5 por cento em 2013 e 2,5 por cento em 2014.
“O regresso ao crescimento e à criação de emprego permanece um dos principais desafios, pelo que cabe às reformas em curso lançar fundações sólidas para lhes dar resposta. Apesar do impacto que a recessão na zona euro está a ter na dinâmica exportadora de Portugal, esperamos um crescimento positivo em 2013 e estimamos que ganhe velocidade gradualmente durante 2014”, argumenta o comissário, pedindo “forte empenho, perseverança e amplo consenso político e social” para que “a correção dos desequilíbrios económicos e financeiros seja alcançada com êxito”.
