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O dia em que não se pode apanhar um táxi para escapar à manifestação em Lisboa

taxis_lisboaHoje não se pode apanhar um táxi, em Lisboa, para escapar à manifestação. São os próprios taxistas quem protesta, queixando-se da falta de aumento das tarifas nos últimos anos e da portaria que alarga os tipos de veículos para transporte de doentes não urgentes.

Os taxistas de Lisboa saem à rua, durante a manhã de hoje, mas não é para trabalhar. Os profissionais contestam as medidas governativas que têm prejudicado o setor, nomeadamente duas: há anos que não são aumentadas as tarifas e a recente portaria do Ministério da Saúde para transporte de doentes não urgentes, que alarga os tipos de veículos autorizados a um serviço que era exclusivo de ambulâncias e táxis.

“Os taxistas estão unidos e isto é o início da revolta que neste momento se sente na indústria”, referiu Florêncio de Almeida. Citado pela Lusa, o presidente da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), contestou a “liberalização encapotada do setor” e acrescentou que a manifestação de hoje pode ser, em breve, reforçada com os profissionais de todo o país: “se a portaria não for revogada, os taxistas da província, que são os mais afetados com esta medida, vêm em força manifestar o seu descontentamento”.

Por tal motivo, o Ministério da Saúde foi o primeiro destino dos manifestantes, que se concentraram no Parque das Nações. A ANTRAL pretende entregar um documento a justificar a oposição à portaria, segunda a qual o serviço de transporte de doentes não urgentes passou a ser permitido  a veículos até nove lugares, desde que identificados e conduzidos por um motorista habilitado com o curso de suporte básico de vida.

O destino seguinte é a Assembleia da República, onde uma delegação da associação pretende ser recebida na Comissão Parlamentar dos Transportes. O protesto, nas contas duma fonte da PSP não identificada pela Lusa, deve demorar cerca de duas horas e terminará diante da residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.

Por volta das 10h00, o número de participantes foi avaliado pela ANTRAL em cerca de 700, sendo perto de mil à hora de início do protesto. Falharam as expetativas da associação, que contava com uma ‘frota’ de 2000 viaturas.

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