Em conferência de imprensa, Bohdan Pomahac, clínico que liderou equipa médica, revelou que esta foi a “mais difícil” operação que alguma vez realizou na sua carreira. As graves lesões provocadas pelo ataque com lixívia, numa retaliação do marido, “provocaram as mais graves lesões de um paciente” que aquele médico teve de tratar.
Carmen Tarleton ganhou uma cara nova, totalmente diferente da sua, e terá agora de reaprender a lidar com a sua imagem. Mas inúmeros desafios se colocam, que se prendem com a recuperação dos sentidos como o olfato, o paladar, mas também as expressões faciais.
A mulher diz-se “abençoada” e revela que, quando se olhar ao espelho, terá de recordar “o que representa um ato altruísta”. Carmen Blandin Tarleton era enfermeira numa unidade de transplantados e foi atacada, em 2009, pelo marido, Rodgers Tarleton, que suspeitava de traição.
O crime foi admitido pelo próprio, que além de ter lançado lixívia industrial sobre a mulher, também lhe fraturou um dos globos oculares e um braço. A pena de prisão a que foi condenado: 30 anos.
Há outros casos de sucesso, de transplantes faciais, como o de Richard Norris, de 37 anos, alvejado na face em 1997. Quinze anos depois, graças a uma intervenção cirúrgica notável, realizada na University de Maryland, nos EUA, recuperou o rosto perdido.
Foi uma intervenção muito complicada, que não se resumiu à vertente estética, já que Richard Lee Norris perdera parte da língua, o olfato, dentes, além de que o mau funcionamento da mandíbula e do maxilar provocavam grandes restrições em tarefas quotidianas, desde a fala à alimentação. Recorde esta história.
Outro norte-americano, então com 25 anos, em 2011, mostrou ao mundo a nova cara, depois de ter sido submetido a um transplante facial total, que envolveu 30 médicos. Um acidente de trabalho (choque elétrico) provocou graves lesões, há três anos, que foram minimizadas com esta cirurgia. Dallas Wiens recuperou o nariz, a boca, nervos, uma imagem, o olfato e a felicidade. Recorde esta história.
