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MP arquiva “Diamantes de Sangue”, o processo contra o jornalista Rafael Marques instaurado por generais

Na mesma nota, o organismo adianta que o Ministério Público concluiu pela ausência de indícios da prática de crime.

Na origem do caso está uma investigação, iniciada em 2004, que relata alegadas violações dos direitos humanos no âmbito da extracção mineira na região das Lundas, em Angola, envolvendo torturas e assassínios de trabalhadores. Desse trabalho resultou o livro “Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola”, que motivou nove generais angolanos, ligados à exploração de diamantes, a acusarem o jornalista de “calúnia e injúria”.

Para Bárbara Bulhosa, editora da Tinta da China, o recurso à via judicial pretendia intimidar Rafael Marques e ‘silenciar’ uma obra que, no final de Janeiro, tinha vendido mais de 7000 exemplares e que caminha para uma quinta edição (mais 1500 exemplares).

“Interpreto este processo como uma tentativa de intimidação não só ao Rafael Marques mas também à Tinta-da-China e, principalmente, parece-me que é um precedente perigoso porque é uma intimidação a todos os jornalistas e todos os editores ao investigarem matérias mais sensíveis que possam envolver altas figuras do Estado angolano. É uma forma de os pressionar a não avançarem”, argumentou Bárbara Bulhosa, ainda no mês passado.

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