O pequeno Reece Puddington, menino de 11 anos que padece de um cancro (neuroblastoma), anunciou no Facebook que vai interromper o tratamento, após mais de cinco anos de luta persistente. O jovem inglês recebeu um diagnóstico duríssimo: receber tratamentos para adiar a sua morte, ou deixar a natureza “seguir o seu curso”. Optou pela segunda.

Reece Puddington tem 11 anos e mais de metade da vida foi dedicada a uma luta contra um neuroblastoma. Criou uma página no Facebook e a sua história comoveu milhares de pessoas – tem cerca de 10 mil seguidores, mas esse número cresce a cada minuto que passa.

Essa página tornou-se centro de todas as atenções, depois de Reece ter decidido partilhar a mais dura decisão da sua vida. Reece Puddington decide morrer. Vai interromper os tratamentos e contará com a ajuda dos pais, Kay e Paul Puddington, nos últimos dias que a natureza lhe permitir respirar.

A natureza não é palavra escolhida em vão. Neste comunicado, Reece conta que decidiu “deixar a natureza seguir o seu curso”, em vez de se submeter a dolorosos e cansativos tratamentos que apenas lhe adiariam o destino fatal.

E o menino decidiu partilhar a sua decisão no Facebook. “Como sabem, depois de conhecer os últimos resultados dos exames que fiz, recebi alta, para descansar e refletir sobre as duas opções que me restam…”, começa por contar.

Reece poderia “optar por outra avaliação médica, mas isso significaria regressar ao hospital e enfrentar efeitos secundários de medicamentos” e o resultado seria “prolongar a vida” por pouco tempo. Poderia também “simplesmente não fazer nada, ficar em casa e deixar a natureza seguir seu curso”.

A escolha recaiu na segunda hipótese, o que significa que esta criança – que desde 2008 luta contra um cancro – prefere morrer a prolongar a sua luta e a sua dor.

“Após muita ponderação, a minha mãe percebeu que, se ela pudesse decidir, continuaria a levar-me aos tratamentos e não me perderia… Mas, ela deixa-me partir”, escreve ainda Reece Puddington.

Desde os 5 anos, esta criança enfrenta uma batalha contra o cancro. Puddington foi diagnosticado com neuroblastoma – um tumor raro, que se origina nos tecidos da glândula suprarrenal e pode se desenvolver no tecido nervoso do pescoço, tórax, abdómen ou pélvis – e os tratamentos até resultaram. Mas teve uma recidiva.

A decisão de Puddington gerou tristeza entre as pessoas que o seguem no Facebook. É a história de uma criança que quer morrer.