Por decisão do presidente Nicolás Maduro, a Venezuela vai celebrar o Natal no mês de novembro, um mês antes do que o tradicional, para “derrotar a amargura” que o país enfrenta. Perante uma grave crise financeira, com a inflação nos 48 por cento, os venezuelanos enfrentam grandes dificuldades, que Maduro pensa resolver mexendo no calendário.
O Pai Natal chega em novembro à Venezuela, por decisão de Nicolás Maduro, que quer antecipar a celebração natalícia com o objetivo de derrotar a amargura de um país que atravessa uma grave crise financeira.
Segundo o presidente Nicolás Maduro, antecipar o Natal trará “felicidade e paz”, devolvendo algum ânimo ao povo venezuelano, que ainda tem presente a morte de Hugo Chávez, o ‘eterno’ presidente.
Esta medida vem de encontro à teoria de Maduro, que defende que não existe nada melhor do que “o ânimo e a paz”. Nesse sentido, recorde-se, criou a secretaria de Estado da Felicidade, para promover este sentimento.
Nicolás Maduro também acredita que o Natal é uma celebração única. “Não há nada como um cântico natalício”, afirmou recentemente. E por isso mexeu no calendário e trocou novembro por dezembro.
Mas não será, certamente, com esta medida que Nicolás Maduro vai resolver os problemas com que a Venezuela se debate, com um grave crise e uma inflação nos 48 por cento. Escasseiam produtos de primeira necessidade, nas lojas venezuelanas.
Maduro culpa a oposição e os eternos inimigos estrangeiros, sobretudo os EUA, apontando-lhes o dedo por esta crise económica.
Este é mais um episódio caricato a envolver Nicolás Maduro, que há dias garantira que o espírito de Hugo Chávez aparecera a um grupo de mineiros. Mostrando uma pedra com um rosto cravado, o presidente da Venezuela garantiu que Chávez está “vivo” e que acompanha o seu povo “sempre”.
“Vejam esta imagem, com a figura de um homem, que apareceu aos trabalhadores. Confirmem com eles. É um rosto. É um rosto. E é o rosto de quem? E quem é ele? Quem está nesse rosto? É um olhar, que vê tudo… É ele. Para que vejam que o que dizemos é verdade: Chávez está em toda a parte. Chávez somos todos nós”, disse Maduro, convencendo a população de que estava perante um fenómeno paranormal.
A aparição do antigo líder da Venezuela é um mito criado pelo presidente Maduro, que acredita que o seu antecessor não partiu e continua ao lado do seu povo. Já não é a primeira vez que Nicolás Maduro afirma que Hugo Chávez está ao seu lado.
Agora, vem promover uma mudança que mexe com milénios de história. No mundo católico, o Natal celebra-se a 25 de dezembro deste o ano 354. o Papa Libério determinou que esta fosse a data do festejo do nascimento de Cristo. Maduro quer colocar-se acima de um Papa.
