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Louçã e a dívida: Cavaco Silva apoia a “economia da bancarrota”

Renegociação da dívida separa Louçã e Cavaco Silva. O líder do Bloco de Esquerda acusa Presidente da República de “alimentar a esperança vã” de que Portugal vai evitar a bancarrota, “ao mesmo tempo que prossegue a economia da bancarrota”.

Louçã reagia a uma entrevista concedida por Cavaco Silva ao semanário Expresso, na qual o chefe de Estado criticava uma eventual renegociação da dívida. “Nunca devemos colocar essa hipótese” afirmou o Presidente da República, que sugere pequenos reajustamentos.

Segundo declarações do líder do Bloco de Esquerda à agência Lusa, a entrevista revela que Cavaco está a ser cúmplice de uma “economia da bancarrota”, ao alimentar “esperança vã” de que Portugal evitará esse cenário.

Cavaco “defende pequenos ajustamentos sem dizer quais”, segundo o líder do Bloco, que tem uma visão contrária. “O Presidente da República, o Governo e os autores da troika querem austeridade excessiva e desviar recursos para o sistema financeiro”, acusa.

Louçã argumenta que o único caminho que resta a Portugal é “uma auditoria à dívida”, associada a uma “renegociação”. Já na entrevista que o Expresso publica, Cavaco considera que “é errado falar de renegociação, ago que nem deve passar pela cabeça de alguém”.

O Presidente da República assume que o acordo possa ter falhas, mas haverá formas de ultrapassá-las, “alcançando os objetivos” definidos. Francisco Louçã discorda: “Á renegociação é imperativa, para que Portugal não enfrente a realidade que a Grécia enfrenta”.

“Governo tem agenda escondida”

Francisco Louçã disparou também contra o Governo de Passos Coelho, que é acusado de ter uma “agenda oculta”, com medidas que aumentam a carga fiscal sobre os contribuintes. As diminuições nas contribuições das empresas, segundo Louçã, “vão levar a um grande aumento de impostos” que o responsável máximo bloquista quantifica: “Subida de quatro por cento do IVA”.

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