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Leishmaniose é uma doença endémica e mais frequente em regiões interiores de Portugal

leishmanioseLeishmaniosex510A Leishmaniose canina é uma doença endémica dos países mediterrânicos e, em Portugal, é mais frequente nas regiões interiores, em especial nos distritos de Castelo Branco, Portalegre e Beja. As conclusões são de um estudo científico desenvolvido pelo Observatório Nacional das Leishmanioses.

A Leishmaniose canina, doença de evolução crónica e potencialmente fatal se não houver tratamento, é uma doença endémica do Mediterrâneo e, no caso português, acontece com maior frequência nos distritos do interior, sobretudo em Castelo Branco, Portalegre e Beja. Em causa estão as “condições geoclimáticas que determinam a proliferação e a abundância dos insectos vectores de Leishmania”, como explica Luís Cardoso, um dos autores do estudo de 2009 sobre “fatores de risco para a leishmaniose canina numa região endémica do Mediterrâneo”.

O investigador, citado pelo Ciência Hoje, acrescenta que “também podem estar envolvidos outros fatores” na predominância desta doença em regiões interiores, “como os hábitos de vida dos animais e a eventualidade dos cães serem, ou não, alvo da aplicação de medidas profilácticas”.

O estudo, realizado pelo Observatório Nacional das Leishmanioses (ONLeish) , pretendia analisar a prevalência da Leishmaniose canina em Portugal, tendo destacado o caráter endémico (condição continuada no espaço e no tempo) da doença.

Os parasitas causadores desta infeção (do género Leishmania) são transmitidos pelo flebótomo (um inseto) atacam em especial os cães com mais de dois anos de idade que estejam, na maior parte do tempo, ao ar livre. O pelo mais curto é outro favor que favorece a transmissão da doença, assim como o cão ser de raça pura, concluiu a investigação.

“Quando o estudo foi realizado, apenas estavam disponíveis em Portugal, como medidas de prevenção, os inseticidas com efeito repelente, aplicados directamente nos cães através de coleira ou pipetas”, salientou Luís Cardoso, continuando: “hoje em dia, a oferta diversificou-se e há administração oral de estimulantes da imunidade protectora e a vacinação. Embora valha mais prevenir do que remediar, para o tratamento da doença encontram-se também disponíveis diversos fármacos de administração injectável ou oral”.

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