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Joon-seok, o capitão em cuecas do ‘Sewol’, pode ser condenado à morte

capitao em cuecas A Coreia do Sul quer a pena de morte para Lee Joon-seok, o capitão do ‘Sewol’. Os procuradores acusam o oficial de homicídio e abandono do navio durante o naufrágio no qual morreram 304 pessoas. Joon-seok foi filmado a abandonar o ‘ferry’ em cuecas.

O nome de Lee Joon-seok tornou-se famoso a 16 de abril quando o navio ‘Sewol’ naufragou, na Coreia do Sul, provocando a morte de 304 pessoas. O capitão do ‘ferry’ é acusado de homicídio e de abandono do navio e a acusação quer mão pesada da Justiça: a pena de morte.

Para os procuradores, Lee Joon-seok é o responsável pelas mais de 300 mortes por ser o oficial máximo do navio, aquando do naufrágio, por ter ordenado aos passageiros que recolhessem às cabines (evitando que fossem resgatados) e por ter abandonado o ‘ferry’.

Em julgamento estão mais 15 membros da tripulação: para três foi pedida a prisão perpétua, por homicídio, e para os restantes (que enfrentam acusações de negligência no socorro e abandono do navio) penas de prisão que variam entre os 15 e os 30 anos.

Mas o capitão é mesmo a figura mais mediática de todo o processo, especialmente porque logo após o naufrágio surgiu um vídeo em que Lee Joon-seok aparece a deixar o ‘Sewol’. Uma fuga tão precipitada que o capitão estava… em cuecas, enquanto mais de 400 passageiros aguardavam a morte nas cabinas.

“Olhem para o capitão fugindo do navio sem as calças. Que patético. Não posso acreditar que ele não pensou em todas as crianças presas lá enquanto ele corria para salvar a própria vida”, comentou, à época, um internauta sul-coreano, no comentário mais citado por várias agências internacionais.

Hoje, nas alegações finais, os procuradores pediram a pena de morte para o capitão.

“Lee motivou a causa do afundamento do ‘Sewol’. É o principal responsável pelo acidente. Pedimos que o tribunal o condene à morte”, alegou o procurador Park Jae-eok.

A decisão, a ser tomada por três juízes, deverá ser anunciada no próximo mês. O principal acusado tem alegado que nunca teve qualquer intenção de matar os passageiros.

O “Sewol” naufragou quando rumava à ilha de Jeju, um popular destino turístico da Coreia do Sul.

A bordo seguiam 476 pessoas, incluindo 339 adolescentes e professores numa viagem escolar.

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