A KLM e a Air France não querem que no Iraque se repita o que aconteceu com o voo MH17 na Ucrânia. Perante a ofensiva islamita do EIIL, as duas companhias alegam falta de segurança e vão deixar de sobrevoar o país. A Emirates será a próxima a anunciar igual medida.

No leste da Ucrânia, palco de uma guerra civil, um avião da Malaysia Airlines, o voo MH17, foi abatido por um míssil. Para evitar uma nova tragédia, duas companhias aéreas anunciaram, hoje, que vão deixar de sobrevoar outro cenário de guerra.

A KLM e a Air France já evitavam as regiões mais a noroeste do Iraque, onde os rebeldes sunitas do Exército Islâmico do Iraque e Levante (EIIL) proclamaram a instauração de um Califado. Hoje, as duas empresas revelaram que vão deixar de sobrevoar por completo o país.

“A segurança dos nossos passageiros e das nossas tripulações é a nossa prioridade. Por isso deixámos de sobrevoar o Iraque desde a passada sexta-feira”, explicou um porta-voz do grupo que integra as duas companhias.

A medida deve ser repetida, já a partir da próxima semana, pela Emirates. Apesar do Iraque ser um ponto de passagem obrigatório nos voos entre o Dubai e a Europa, o presidente da companhia antecipou que a medida está prestes a ser aplicada, numa entrevista ao Times.

O problema da insegurança no Iraque agravou-se com a ofensiva dos jihadistas sunita do EIIL, que já controlam grandes áreas de um país onde o regime é da maioria xiita.

Vários relatos, não confirmados oficialmente, apontam no sentido do EIIL ter-se apoderado de mísseis, durante uma ofensiva na Síria (onde também estão a ganhar terreno).

Os EUA, alegadamente, estão a apurar a veracidade dessa informação. A ser verdade, trata-se de mísseis capazes de voar a uma altitude de cruzeiro e com capacidade para abater um avião civil.

Foi isso que aconteceu no leste da Ucrânia, quando um míssil fez explodir um Boeing 777 da Malaysia Airlines, matando as 298 pessoas a bordo. Era o voo MH17.