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Honório diz que Portas é uma ‘bimby’: “Não há nada que não possa cozinhar”

ar 1Paulo Portas, o PSD e o CDS estiveram debaixo de fogo da deputada do BE Cecília Honório, no dia em que Cavaco decide o futuro do Governo. Portas foi comparado a uma ‘bimby’, numa alusão à demissão e recuo, após acordo entre PSD e CDS. “Não há nada que não possa cozinhar”, afirmou a deputada bloquista, durante o debate potestativo, que decorreu nesta quarta-feira, no Parlamento.

Paulo Portas é “uma espécie de ´bimby´ governante, não havendo nada que não possa cozinhar”, ironizou Cecília Honório, no debate potestativo, referindo-se à demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, que recuou na decisão, depois de um acordo com o PSD, que transformará Portas em vice-primeiro-ministro – se o Presidente da República aceitar a proposta apresentada por Passos Coelho.

“Paulo Portas sai como uma espécie de bimby governante, não havendo nada que não possa cozinhar, na economia, nos negócios estrangeiros, como vice-primeiro-ministro”, defendeu Cecília Honório.

A deputada do Bloco afirmou ainda que este acordo vem alterar o papel CDS-PP no Governo, com Portas a “governar o PSD”. Para Cecília Honório, esta crise política que colocou o executivo em risco é “a cara do fracasso da austeridade e das políticas deste Governo”.

A vice-presidente da bancada do BE entende ainda que o executivo liderado por Passos Coelho e com Paulo Portas como vice-primeiro-ministro está “partido em cacos, como um jarrão de porcelana”, sem “restauro possível”, porque “a cola não aguentará”.

Vítor Gaspar e Paulo Portas foram ainda acusados de “lançarem bombas” e de quererem “escapar aos estilhaços”, ao apresentarem as demissões – apenas a do ministro das Finanças foi aceite, sendo que a demissão do ministro centrista acabou por ser ‘revogada’. “Paulo Portas parece ter sido apanhado na sua própria ratoeira”, criticou Cecília Honório, que não desperdiçou uma palavra de Portas para o criticar. O presidente do CDS é acusado de ter “um irrevogável apego ao poder”, ainda que as suas atitudes resultem numa mistura de “comédia” com “tragédia para o País”.

“Quem manda nas Finanças? Paulo Portas ou Maria Luís Albuquerque? E no QREN? Paulo Portas ou Poiares Maduro? E na diplomacia económica? Portas ou o futuro ministro dos Negócios Estrangeiros? A coligação está tão agarrada ao poder que sofre de autofagia”, disse também Cecília Honório.

No debate potestativo que decorreu hoje na Assembleia da Republica, o Bloco de Esquerda voltou a defender a teoria da “renegociação da dívida pública e a denúncia do memorando de entendimento com a troika”, como únicas saídas para a crise.

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