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Greve dos Médicos: Sindicatos manifestam disponibilidade para ”nova fase de diálogo”

medicoAs organizações sindicais médicas responsáveis pela greve de dois dias, que hoje termina, mostraram-se disponíveis “para encetar uma nova fase de diálogo sócio-profissional com o Ministério da Saúde”. Numa carta enviada ao ministro, Paulo Macedo, os sindicatos solicitam uma reunião formal para amanhã “a ter lugar na hora que haja por conveniente”.

No final de dois dias de greve – a maior da classe desde os anos 80 – o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disponibilizaram-se para inciarem um novo ciclo de reuniões, encabeçado pelo ministro da Saúde e que inclua “os credenciados representantes da área das Finanças e da Administração Pública, que usualmente acompanham a mesa negocial única.”

Admitindo estarem “plenamente cientes da gravidade do momento histórico presente, da urgência em se alcançar a justa resolução do massivo litígio laboral em curso e, sobretudo, de tão nefastas repercussões que resultariam da perpetuação do mesmo, em especial para os doentes”, os sindicatos pedem que, desta vez, se cumpram “as recíprocas vontades publicamente declaradas.”

Já ontem, em declarações proferidas durante o debate do Estado da Nação, Paulo Macedo voltou a monstrar-se disponível para o diálogo, “desde que a sustentabilidade da proteção à saúde esteja sempre primeiro.”

Até ao momento, ainda não foi confirmada oficialmente qualquer reunião formal entre o ministério e os sindicatos. Para as 17h, está marcada um conferência de imprensa que juntará as duas estruturas sindicais.

Em comunicado, os representantes da classe mostram-se “fortalecidos pela resposta dos médicos sindicalizados e não sindicalizados” e apontam para uma adesão à greve na ordem dos 95%, o que a torna na maior desde 1986, altura em que o ministério da Sáude era chefiado por Leonor Beleza.

 

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