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Governo da Venezuela afasta elementos que detiveram presidente do Parlamento

O Governo venezuelano ordenou hoje a destituição dos agentes dos serviços secretos que detiveram, cerca de uma hora, o presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó.

“Queremos informar todo povo da Venezuela que estes funcionários estão neste momento sendo destituídos e submetidos a um procedimento disciplinar mais estrito”, disse o ministro venezuelano de Comunicação e Informação, que considerou a prisão do político um “procedimento irregular”.

Em declarações aos jornalistas, Jorge Rodríguez explicou que estes “funcionários atuaram de maneira irregular”, considero que se sujeitaram a “um show”, utilizado pela oposição para atacar o governo de Nicolás Maduro.

O presidente da Assembleia Nacional (parlamento) venezuelana, Juan Guaidó, esteve cerca de uma hora detido pelos serviços secretos de informações, quando estava a caminho de uma reunião fora de Caracas, disse a sua mulher.

“Agradeço todas as reações imediatas de apoio face a esta violação cometida pela ditadura dos direitos do meu marido. Já estou com ele e vamos à reunião pública”, escreveu Fabiana Rosales na sua conta no Twitter.

Guaidó era aguardado numa reunião a cerca de 40 quilómetros de Caracas.

Segundo a imprensa Venezuela, a ministra dos Serviços Prisionais terá dito esta semana a Guaidó que tinha preparada uma cela para ele, em resposta ao desafio feito pelo político opositor de provocar um golpe de Estado e retirar Maduro do poder.

A 10 de janeiro, o parlamento, dominado pela oposição, considerou que há “usurpação da Presidência” do país.

“Hoje deu-se a usurpação da Presidência da República e [Nicolás] Maduro desconhece o único poder real e legítimo do país, e avança para a desmontagem total do Estado de direito que protege os cidadãos e garante os direitos humanos”, disse então o presidente do parlamento aos jornalistas.

Nicolás Maduro tomou posse na quinta-feira perante o Supremo Tribunal de Justiça, como Presidente da Venezuela para o período 2019-2025, numas eleições contestadas por observadores internacionais e em que a maior parte da oposição recusou participar.

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito para um novo mandato presidencial nas eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, com 6.248.864 votos (67,84 por cento).

Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e o não respeito pelos tratados de direitos humanos ou pela Constituição da Venezuela.

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