O robô que a Tepco enviou para apurar o estado do reator 1 da central nuclear de Fukushima teve ‘morte’ quase imediata. O aparelho conseguiu avançar 15 metros, mas só funcionou durante três horas: era esperado que recolhesse e enviasse dados durante dez horas.
Na passada sexta-feira, a operadora da central nuclear de Fukushima, no Japão, enviou um robô para avaliar o reator 1 da unidade que explodiu em março de 2011, na sequência do sismo e do tsunami que devastaram o país.
Só que o robô… ‘morreu’. De acordo com a Tokyo Electric Power (Tepco), o aparelho, comandado à distância, deixou de funcionar três horas após o início dos trabalhos: estava previsto que recolhesse e enviasse dados durante dez horas.
No mesmo comunicado, a operadora da central nuclear acrescentou que o robô, dotado de câmeras e equipamentos de medição, conseguiu avançar 15 metros e recolher as primeiras imagens do reator 1, tendo ainda medido a temperatura e os níveis de radiação.
A radiação é o principal motivo para esta observação indireta: após o desastre nuclear de março de 2011, os níveis continuam tão elevados que uma pessoa morreria em menos de uma hora.
Após a ‘morte’ do robô, a Tepco revelou que vai enviar… outro robô. É que os trabalhos de descontaminação implicam saber quanto combustível está ainda armazenado nos tanques, entre outros ‘pormenores’ relacionados com um desastre nuclear.