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Fortunas pagam crise? Imposto sobre mais ricos não é descartado

A criação de um imposto para os mais ricos poderá ser discutida, segundo adianta fonte do Governo. No entanto, a aplicação da medida está ainda longe de ser dado adquirido, apesar de outros países terem já seguido esse caminho. França espera arrecadar 300 milhões.

A ideia não é nova e surge, frequentemente, no discurso dos partidos à esquerda do PS: a aplicação de uma taxa que recaia sobre os rendimentos dos mais ricos e as grandes fortunas. E o Governo admite, pela primeira vez, seguir essa via.

Em declarações à agência Lusa, uma fonte do executivo de Passos Coelho abriu a porta a uma eventual discussão do assunto. A discussão não é certa, a aplicação do imposto sobre mais ricos muito menos, mas há abertura.

Segundo revela essa fonte, “é provável” que a discussão de um imposto para os mais ricos “seja levantada”, sendo que o executivo “não descarta qualquer possibilidade” de taxar de forma extraordinária as pessoas com maiores rendimentos.

A ideia de chamar os ricos a contribuir mais para o pagamento da fatura da crise partiu de Warren Buffet, um milionário norte-americano. Entretanto, 16 milionários franceses apoiaram o princípio. O Governo de Sarkozy não se fez rogado e já passou das palavras aos atos.

Assim, avançou com um imposto de dois por cento sobre o rendimento anual, o que permitirá à máquina fiscal arrecadar mais 300 milhões de euros por ano. Uma pequena migalha no monstro das dívidas de países como Portugal ou Espanha.

E precisamente Espanha promete seguir caminho idêntico. A medida de taxar as grandes fortunas poderá ser aprovada já amanhã, em conselho de ministros. Não é crível que Portugal seja célere em seguir o mesmo caminho.

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