Bernie Ecclestone vai deixar o cargo do conselho de administração da empresa que detém os direitos da Fórmula 1, embora, como se esperava nesta situação, continue a ser o ‘dono e senhor’ da disciplina máxima do automobilismo.

Tudo indica que Ecclestone tomou esta decisão para enfrentar os tribunais, nomeadamente o de Munique, onde vai enfrentar uma audiência em Abril para responder a alegações de suborno ao banqueiro alemão Gerhard Gribkowski sobre um negócio pouco claro em 2006.

Apesar da CVC – proprietária da Fórmula 1 – permitir ao ‘F1 supremo’ continuar a manter o seu quotidiano nos grandes prémios, um comunicado emitido pela Delta Topco Ltd afirmou que Bernie concordou em sair de cena num conselho de administração esta quinta-feira.

“Depois de negociações com o conselho, o senhor Ecclestone propôs que, até ao caso ser concluído, ele deixa o cargo de diretor com efeito imediato, abandonando assim os seus deveres e responsabilidades do conselho até que tudo seja resolvido”, afirma o comunicado.

A administração da F1 refere ainda que “é do melhor interesse dos negócios e desporto” que Bernie “deve continuar a gerir o negócio no dia-a-dia, mas sujeito a uma maior monitorização e controlo da direção, e que Ecclestone concordou com este acordo”.

Bernie Ecclestone tem negado veemente qualquer irregularidade relativamente a um pagamento que fez a Gerhard Gribkowski e reiterou a sua inocência diante o conselho de administração da CVC desta quinta-feira, ao mesmo tempo que anunciou a sua intenção de se “defender vigorosamente” na audiência que terá lugar no final de Abril deste ano.

Face a esta suspensão de funções, o lugar de diretor da administração da Fórmula 1 será da responsabilidade de Peter Brabek-Letmathe, o atual presidente da CVC, e do vice-presidente Donald MacKenzie.