Apesar de conseguir fazer previsões sobre alguns cenários da economia portuguesa, a Fitch ainda não está em condições de garantir uma revisão do ‘rating’, que se encontra, neste momento, no nível BBB-.

Essa eventualidade vai depender de diversos fatores, entre os quais a “força do compromisso” assumido no plano de ajuda externa a Portugal.

As decisões que resultarem dos acordos entre partidos, das estratégias da União Europeia e dos pareceres do Fundo Monetário Internacional serão também preponderantes para a decisão desta agência de notação.

As eleições de 5 de junho também vão influenciar uma hipotética mexida no ‘rating’ por parte da Fitch, já que do ato eleitoral antecipado resultará um novo cenário político, que pode, no entanto, manter um quadro de instabilidade.

Segundo a Fitch, Portugal deve necessitar de 60 mil milhões de euros, para os próximos dois anos, além dos possíveis empréstimos bancários. O Governo, no entanto, não se compromete com qualquer valor até concluir o processo negocial com os restantes partidos com acento parlamentar.

O Governo recusou falar em números, no dia em que entregou o pedido formal de ajuda, à Comissão Europeia. Nos próximos dias, deverão deslocar-se a Portugal delegações do órgão liderado por Durão Barroso e do Banco Central Europeu.

A partir daqui, iniciam-se intensas negociações, que resultarão na injeção de capital para financiar a economia e responder ao ‘ataque’ dos mercados.