Cultura

Fantasporto reduz orçamento e apresenta mais de 300 filmes, com “Piedade” da “Mamã”

“O orçamento deste ano é muitíssimo mais reduzido, menos um quinto que há cinco anos”, revelou ontem o diretor do festival, Mário Dorminsky, na conferência de imprensa de apresentação do certame. “A grande preocupação da organização foi a continuidade do ‘Fantas’”, resumiu a também diretora Beatriz Pacheco Pereira.

“Este festival é contra a crise e contraciclo. A lógica é de que, como estamos em crise, o festival seria uma coisa bem fraquinha. Bem pelo contrário, este ano tem mais filmes, provavelmente mais convidados. Estamos habituados a fazer milagres, já não é deste ano, é um milagre que fazemos há quase cinco anos”, acrescentou, depois, Mário Dorminsky.

A 33.ª edição do ‘Fantas’ decorre entre 25 de fevereiro e 10 de março, no Teatro Rivoli. Em exibição estarão mais de 300 filmes, provenientes de 35 países. A semana oficial arranca a 1 de março, com o regresso de um realizador ‘da casa’, Guillermo del Toro, que estreia “Mamã”. Esta obra é antecedida por “Os sapatos vermelhos”, o clássico de Michael Powell e Emeric Pressburger.

Na secção competitiva “Semana dos realizadores”, o grande destaque vai para “Pietá”. A obra do sul-coreano Kim Ki-Duk, uma presença habitual no ‘Fantas’, venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2012, ofuscando a presença de “O profundo mar azul”, apresentada pelo britânico Terence Davies. “Robot & Frank”, de Jake Shreier, será o filme de encerramento.

Mário Dorminsky acrescentou ainda que está confiante que o público saberá responder, como habitual, à oferta de qualidade do Fantasporto, “o único veículo para que as pessoas possam ver os filmes que não passam no circuito comercial”. O diretor explica ainda a ligeira alteração na calendarização, que se prolonga mais por março: “as pessoas no início do mês têm mais dinheiro e podem vir ao festival com maior facilidade”.

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