Estudo: Cientistas portugueses descobrem que cerejas e alfazema ajudam no combate ao cancro
Uma equipa de cientistas portugueses testou com sucesso os estratos de produtos naturais como a cereja, o agrião e a alfazema, conseguindo comprovar o seu potencial para combater as células cancerígenas.
Portugal dá mais um passo no desenvolvimento de nutracêuticos, ativos naturais que ajudam na prevenção e no tratamento do cancro.
Existem produtos naturais como a cereja, o agrião e a alfazema que têm na sua composição química compostos com efeito antitumoral.
Os investigadores do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET) desenvolveram uma técnica de extração mais limpa e sustentável, capaz de isolar com sucesso diversos extratos naturais.
Já foram testados outros extratos naturais, in vitro, como desperdícios de cereja, cascas de citrinos, alfazema, rosmaninho, hortelã, agrião, brócolos e rúcula, que apresentaram concentrações elevadas dos compostos bioativos.
“Este é mais um passo para a futura disponibilidade de nutracêuticos e princípios ativos naturais, reconhecidos pelos pares, pela regulamentação e pela indústria, e recomendados pelos clínicos como agentes que retardem o aparecimento da doença ou como coadjuvantes de métodos terapêuticos agressivos, permitindo a diminuição das doses terapêuticas ou a atenuação de efeitos secundários”, refere Teresa Serra, investigadora líder do projeto, num comunicado enviado ao site informativo Boas Notícias.
Ana Matias, responsável pelo Grupo de Nutracêuticos e Libertação Controlada do iBET, prevê que “o trabalho que estamos a desenvolver tenha um impacto económico relevante junto da indústria agroalimentar uma vez que envolve a valorização de desperdícios e excedentes provenientes das suas fábricas e produções”.