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Estaleiros de Viana: CGTP diz que “não basta falar de reindustrialização” e promete “não deixar cair esta causa”

“Por mais manobras, manipulações e tentativas para desgastar os trabalhadores e a população, estamos todos irmanados no objetivo de salvar os estaleiros e colocar a empresa a produzir ainda mais”, discursou Arménio Carlos, garantindo que “a CGTP, aconteça o que acontecer, não vai deixar cair esta causa, que é dos trabalhadores dos estaleiros, do povo do norte e, acima de tudo, do povo português”.

“O povo é quem mais ordena e o povo não aceita que os ENVC não tenham futuro”, argumentou o sindicalista, exigindo ao Governo e em particular ao ministro da Defesa, Aguiar-Branco, um “olhar diferente” sobre uma empresa com “vialibidade”: “por que razão é que vamos dar aos outros aquilo que precisamos, aquilo que pode pôr este país a andar para frente, como é o caso dos estaleiros de Viana?”

“É altura do Governo assumir as suas responsabilidades e dizer publicamente se está com a indústria, com Viana e com os estaleiros. Não basta falar de reindustrialização, é preciso ter projetos e aproveitar a mão-de-obra que temos”, exigiu o secretário-geral da CGTP, criticando o Governo pelos constantes “bloqueios e boicotes” ao funcionamento de uma empresa que tem uma encomenda de 128 milhões de euros, com a Venezuela, para a construção de dois navios asfalteiros, por concretizar desde 2010 e em risco de incumprimento.

Enquanto o povo de Viana do Castelo saía à rua, o ministro com a tutela dos ENVC, Aguiar-Branco, referia no Parlamento que a investigação lançada pela Comissão Europeia aos apoios públicos (no valor de 180 milhões de euros) atribuídos aos ENVC “inquina de forma dramática” o processo de reprivatização.

O negócio está mais “complicado” com a ‘interferência’ da Comissão, reconheceu o ministro da Defesa, embora realçando que o Governo pode optar por “outra qualquer” proposta para além da reprivatização dos ENVC.

 

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