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Errata da ADSE não apaga polémica da nova tabela

Entraram ontem em vigor as novas tabelas da comparticipação da ADSE pelos tratamentos médicos. O presidente do subsistema de saúde garante que os utentes “vão pagar menos”, mas os hospitais privados continuam com mais dúvidas do que certezas.

Em declarações à Renascença, Carlos Liberato Batista, presidente da ADSE, assegurou que os funcionários do Estado que beneficiam deste subsistema de saúde “vão pagar menos” pelos tratamentos.

“Na altura de pagar, o utente só de pagar 20 por cento de um valor fixo e não de um valor que muitas vezes é indeterminado e que pode ser muito mais alto do que o que é o valor por hora fixado”, salientou o gestor.

No entanto, o presidente da ADSE reconheceu que “a tabela que entrou ontem em vigor não está completa”

“Ainda há áreas onde não foi possível chegar a acordo com os operadores privados e vão continuar as negociações durante mais um mês ou dois”, explicou.

Mas já há operadores privados a ‘prometer’ negociações complicadas.

Óscar Gaspar, presidente da Associação de Hospitalização Privada, lembrou que a errata da nova tabela só foi apresentada “às 22h30 da passada segunda-feira e sem nenhum tipo de quantificação”.

“Aquilo que está na tabela atual já não tem correspondência com nada”, insistiu o porta-voz dos hospitais privados, também em declarações à Renascença.

Os hospitais privados, que desconhecem as contas para justificar “a redução da despesa de 43 milhões de euros” que serviu de base aos cortes feitos pela ADSE, repetem que a nova tabela se encontra “incompleta, desajustada e desatualizada”.

Nem os médicos se reveem nos novos preços, continuou Óscar Gaspar.

“Nós sempre fizemos crer à ADSE que era preferível evoluir para a chamada tabela da Ordem dos Médicos, para que quando falamos de uma biópsia todos saibamos exatamente do que estamos a falar”, concluiu.

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