Casos de escravatura afetam novos emigrantes, no setor da construção, denuncia o Sindicato da Construção de Portugal. Segundo refere à Lusa Albano Ribeiro, “há redes mafiosas” que angariam mão de obra, sendo que os trabalhadores encontram “condições terríveis”. Todos os dias partem para Alemanha, França e Inglaterra portugueses vítimas deste esquema.

Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção de Portugal, vai fazer uma exposição ao Governo, para dar conta de um cenário de verdadeira escravatura, a que trabalhadores do setor estão a ser submetidos, no estrangeiro.

Albano Ribeiro fala de “redes mafiosas”, que estabelecem a ponte para que trabalhadores da construção emigrem, com promessas de bons salários. No entanto, a realidade que encontram nos países de destino – França, Alemanha e Inglaterra, sobretudo – é bem diferente.

“Todos os dias estão a emigrar trabalhadores da construção, contratados por angariadores de mão de obra”, denuncia, em declarações à Lusa, Albano Ribeiro, que revela ainda que esses emigrantes “encontram condições terríveis de alojamento e alimentação”. Nesse sentido, o sindicato prepara uma exposição ao Governo.

Albano Ribeiro revela que pretende “sensibilizar o secretário de Estado das Comunidades”, José Cesário, para que sejam tomadas medidas que protejam os trabalhadores destes crimes de exploração de mão de obra.

O presidente do Sindicato da Construção de Portugal vai encontrar-se nesta terça-feira com José Cesário.