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Em França, a extrema-direita alcança números históricos nas municipais e vence numa câmara

marine le penfn le penA Frente Nacional, partido da extrema-direita francês, fez história nas eleições municipais que decorreram em França, neste domingo. Além de asseguraram vitória na câmara de Henin-Beaumont, o partido de Marine Le Pen subiu as votações em diversos municípios. A Europa está preocupada.

As eleições que decorreram neste domingo em França causaram apreensão nos diversos setores políticos franceses, que viram a Frente Nacional (FN) – partido de extrema-direita liderado por Marine Le Pen – a conseguir uma nova vitória, aumentando a votação e conseguindo mesmo o triunfo num município: em Henin-Beaumont.

Mas não foi apenas o resultado desta câmara que provocou preocupação por parte de quem teme a extrema-direita. A FN reforçou as votações em diversas cidades, aumentando a representatividade no poder local em França.

Em Henin-Beaumont, Steeve Brióis, candidate da extrema-direita, obteve mais de 50 por cento dos votos e irá governar a cidade com maioria absoluta.

Marine Le Pen considerou que o triunfo naquela cidade é “revelador” do fenómeno que se verifica em França, com a extrema-direita a crescer, perante uma perda de popularidade do presidente François Hollande.

“A Frente Nacional é hoje uma grande força política, não só a nível nacional, mas a nível local”, destacou Le Pen. E como será a extrema-direita na Europa?

Este resultado nacional alcançado pela Frente Nacional surge numa altura em que as eleições europeias já fervilham, em França e não só. E é crível que o partido de Le Pen volte a crescer, no ato eleitoral que definirá os deputados do Parlamento Europeu.

A subida da extrema-direita alia-se a uma queda do partido socialista francês. O partido de Sarkozy, ex-presidente francês, foi o mais votado.

Estas eleições municipais foram as primeiras desde 2012, ano em que Hollande foi eleito. E funcionavam como uma espécie de ‘sentir o pulso’ da França, que vê a extrema-direita como ameaça.

No entanto, há outra ameaça nas eleições em França: a abstenção. Não votar tem sido a forma dos franceses expressaram a sua revolta. E a segunda volta das eleições municipais, marcada para o dia 30 de março, pode confirmar essas tendências.

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