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Eleitores do Egito votam nas presidenciais e decidem a era pós-Mubarak

hosni_mubarakQuinze meses depois de Hosni Mubarak ter sido derrubado, 50 milhões de eleitores do Egito participam nas eleições, exercendo o direito de voto, pela primeira vez na história do país. Os candidatos Abdel Fotouh e Amr Mussa são apontados como favoritos neste ato eleitoral inédito em solo egípcio.

Os eleitores do Egito terão o direito de escolher o seu líder, pela primeira vez na história do país, depois de encerrado o capítulo de Hosni Mubarak, derrubado em fevereiro do ano passado. Cerca de 50 milhões de eleitores votarão no seu novo Presidente, hoje, e também terão direito a decidir qual o modelo de Estado que defendem para o seu país.

Este ato eleitoral será o primeiro capítulo de uma Democracia, que caminhará no sentido da liberdade do povo. A criação de uma Constituição será o passo seguinte, já com os eleitos do povo egípcio no poder.

Apresentam-se 12 candidatos nestas eleições do Egito, mas dois nomes se destacam, por reunirem o favoritismo dos eleitores: Abdel Fotouh e Amr Mussa. Se não se verificarem surpresas, um dos dois liderará os destinos do país e sucederá a Mubarak, ainda que num novo capítulo político.

Eram 8h00 no Egito (7h00 em Lisboa) quando as assembleias de voto se abriram. Não tardou até que se juntassem pessoas ávidas de decidir. Primeiro, dezenas, centenas depois. O direito ao voto foi uma conquista que nenhum egípcio quis desbaratar. No Cairo, centrou-se a maior adesão às urnas.

Amr Mussa é o ex-secretário-geral da Liga Árabe, exercendo também o cargo de ministro os Negócios Estrangeiros no regime de Hosni Mubarak. Apresenta como trunfo algum mediatismo, além do facto de pertencer à Liga Árabe. Não é um ilustre desconhecido dos eleitores.

Abdel Fotouh também colhe apoios e coloca-se numa segunda linha de favoritos, à frente de Ahmed Shafik, o último primeiro-ministro de Hosni Mubarak. Os resultados eleitorais da primeira volta serão conhecidos apenas no próximo dia 27.

De acordo com as previsões, é provável que não seja definido já hoje o nome do novo Presidente, sendo que se aponta como cenário quase certo que haverá uma segunda volta em junho. Os eleitores do Egito vão poder decidir, finalmente.

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