Uma nova espécie de dinossauro foi descoberta no Dakota do Sul e no Dakota do Norte, nos EUA. O “Anzu wyliei”, ou “Galinha do Inferno”, era um animal que parecia resultar do cruzamento de uma ave com um lagarto. Por exemplo, tinha uma longa cauda e um bico.
Uma investigação conduzida por cientistas norte-americanos apresentou ao mundo, através da revista PLOS ONE, uma nova espécie de dinossauro: o “Anzu wyliei”.
O ‘bicho’ viveu há 66 milhões de anos nos estados do Dakota do Sul e no Dakota do Norte, onde foram encontrados os ossos de três exemplares.
Esses ossos, depois de analisados, permitiram aos cientistas traçar um perfil da aparência do dinossauro. Metade das caraterísticas do “Anzu wyliei” eram as de uma ave, mas o restante era de um lagarto.
“Era um raptor gigante, mas com a cabeça como a de uma galinha e, presumivelmente, penas”, revelou Emma Schachner, investigadora da Universidade do Utah (EUA).
Foram essas características que levaram ao batismo como “Galinha do Inferno”, admitiu o coordenador da equipa, Matthew Lamanna: “a brincar, chamávamos-lhe a ‘galinha do inferno’, o que acho que é bastante apropriado”.
Só que era uma ‘galinha’ imponente, acrescentou Emma Schachner: “em pé, o animal tinha três metros de altura, por isso seria muito assustador encontrá-lo”.
Para além de uma longa cauda, como um lagarto, o “Anzu wyliei” tinha também uma crista e um bico, como uma galinha, acrescentaram.
Refira-se que a segunda parte da alcunha, o “Inferno”, provém da cordilheira onde foi encontrada: Hell Creek.
“Tínhamos indícios indiretos de que havia uma criatura assim, mas agora, com estes ossos, temos 80 por cento de um esqueleto completo e podemos estudar com maior detalhe a estrutura deste dinossauro e perceber melhor a sua biologia”,afirmou o curador do Departamento de Paleontologia e Paleobiologia de Vertebrados do Museu Smithsonan de História Natural (EUA), Hans Sues, citado pela BBC.
Os ossos demonstraram ainda que este dinossauro, que deveria pesar entre os 200 e os 300 quilos, seria um ‘brigão’, uma vez que apresentava fraturas, artrite e muitas mazelas.
Tendo vivido na América do Norte há 66 milhões de anos, no final do período Cretácico, a “Galinha do Inferno” terá testemunhado a colisão de um asteróide com a Terra, da qual resultou a extinção de quase toda a vida no planeta: incluindo os dinossauros.
