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Convenção Nacional da Saúde junta hoje em Lisboa 150 organizações de saúde

Cerca de 150 organizações de saúde participam hoje na Convenção Nacional da Saúde, em Lisboa, uma iniciativa pioneira que pretende colocar o cidadão e o doente no topo das prioridades da política de saúde em Portugal, segundo os organizadores.

Criada em abril de 2018, a Convenção Nacional da Saúde nasceu do consenso de todos os parceiros envolvidos e do compromisso com a saúde dos portugueses.

“Trata-se de um acontecimento que já começa a ser conhecido e tem até alguma componente inédita e histórica em Portugal que é conseguir juntar todas as instituições do setor” da saúde na procura de consensos, disse à agência Lusa o presidente da comissão organizadora, Eurico Castro Alves.

Segundo Eurico Castro Alves, são cerca de 150 os parceiros comprometidos com a “Agenda da Saúde para a Década”, entre os quais sete ordens de profissionais da saúde, 69 associações de doentes, 23 instituições públicas de saúde, 20 associações profissionais, 16 associações sectoriais da área da saúde e nove instituições do setor social.

Todos os parceiros e todos os cidadãos têm a oportunidade de participar e dar o seu contributo para definir um novo rumo da saúde.

“Queremos com isto ter mais alguma influência, mostrar a quem tem de tomar as decisões políticas que são muitas as instituições e as pessoas que se juntam em torno deste projeto, que tem uma única ambição, melhorar o sistema nacional de saúde”, disse o presidente da comissão organizadora.

Para Eurico Castro Alves, o “mais importante” é conseguir ter um sistema que sirva os cidadãos em todas as suas vertentes “sem preconceitos ideológicos”.

Segundo o presidente da comissão organizadora, a Convenção Nacional da Saúde tem como “grande ambição” acompanhar durante a próxima década a evolução do sistema de saúde, medindo anualmente “o que melhorou em Portugal e o que ficou por melhorar” e poder dar contributos para um sistema de saúde mais eficaz e mais seguro.

Eurico Castro Alves manifestou-se convicto de que a convenção será “um bom exemplo” para a União Europeia e para outros países devido à “vontade demonstrada por todos os agentes do setor de se sentaram, pondo de lado as suas divergências, a favor de um bem maior, que é encontrar os pontos de consenso que possam inspirar depois o poder político”.

“Acho que é um acontecimento muito interessante, pioneiro em Portugal e na Europa e estou mesmo convencido que isto poderá ser replicado noutros países”, sustentou.

A conferência, com o mote “A agenda da saúde para o cidadão”, vai debater temas como a centralidade do cidadão e do doente no sistema de saúde, o estatuto do cuidador informal, a igualdade de acesso a cuidados de saúde, a prevenção, a literacia em saúde, o impacto da doença na economia.

Haverá ainda um debate com o antigo ministro da Saúde Correia de Campos e o ex-líder do CDS-PP Paulo Portas que apresentarão “Duas Visões sobre o Futuro e a Saúde”, bem como a conferência “Saúde: Uma prioridade para Portugal” com deputados parlamentares.

Os resultados dos trabalhos serão incluídos na “Agenda da Saúde para a Década”, documento consensualizado no encontro do ano passado e que reúne as principais conclusões e propostas, apontando caminhos para o futuro sustentável da saúde em Portugal.

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