Graças a um transplante de células, Darek Fidyka, um búlgaro paraplégico, voltou a andar, recuperando de uma lesão irreversível. A operação foi feita na Polónia e é pioneira. De acordo com uma reportagem da Cell Transplantation, o homem búlgaro foi a primeira pessoa em todo o mundo a recuperar de uma rutura total de nervos da coluna vertebral. Os cirurgiões acreditam que o caso de Fidyka representa um pequeno passo para aquele homem, mas um grande passo para Humanidade, já que se abrem portas para cura parcial de lesões na coluna que se julgavam irreversíveis.

Darek Fidyka, um homem que sofria de paralisia há quatro anos, devido a uma lesão, pôde voltar a andar, depois de ser submetido a uma operação cirúrgica inovadora, que consistiu no transplante de células.

De acordo com uma reportagem publicada na revista científica Cell Transplantation, o homem búlgaro foi a primeira pessoa em todo o mundo a recuperar de uma rutura total de nervos da coluna vertebral.

A operação foi realizada por médicos polacos, numa equipa coordenada por Pawel Tabakow, clínico da Universidade de Wroclaw.

Os médicos recorreram a células nervosas do nariz de Darek Fidyka, com as quais puderam criar tecidos. É uma técnica que já tinha sido testada em laboratório, mas que nunca fora experimentada num ser humano.

Para a equipa de cirurgiões, operação a Fidyka representam um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a Humanidade.

“Para mim, isto é ainda mais impressionante do que ver um homem a caminhar na Lua”, desabafou Geoffrey Raisman, professor do Instituto de Neurologia do University College de Londres.

Este procedimento vem abrir portas para a cura ou recuperação parcial de pessoas que sofram de lesões na coluna que as tornem incapacitantes.

Fidyka é capaz de andar com a ajuda de um andarilho, conduzir um automóvel e ter uma vida mais próxima da normalidade, daquela que usufruia antes de ser agredido com um faca.

“Sinto algo incrível. É como se a minha vida começasse novamente. Como se eu tivesse renascido”, disse Darek Fidyka, em declarações ao Panorama da BBC.

A Nicholls Spinal Injury Foundation e uma fundação britânica financiaram o procedimento.