Empregada de um casal de indianos, uma menina de 13 anos foi trancada na casa onde trabalhava, em Nova Déli, enquanto os patrões viajaram, para passar férias na Tailândia, durante uma semana. O casal (dois médicos) está detido e enfrenta uma pena de dois anos de prisão.
Dois indianos decidiram passar férias na Tailândia, o que não seria notícia se não tivessem decidido fechar a sua empregada doméstica em casa. A menor, de apenas 13 anos, ficou seis dias em cativeiro, numa casa em Nova Déli, sem alimentos.
A menina acabou por ser resgatada pela polícia, seis dias depois de ter sido fechada na casa dos patrões. Os vizinhos do casal indiano ouviram o choro da menor, na varanda da residência onde trabalhava, e chamaram as autoridades, que a libertaram.
Os indianos – Sanjay Verma (endocrinologista) e Sumita Verma (ginecologista) – mal tiveram tempo para desfazer as malas. Assim que regressaram da Tailândia, tomaram conhecimento de que estavam a ser procurados pelas autoridades.
O caso ganhou grande mediatismo na Índia, antes do casal regressar da semana de férias. Sanjay e Sumita Verma conseguiram passar na alfândega, mas pouco depois acabaram presos. Logo que a polícia tomou conhecimento do seu regresso a Nova Déli, iniciou a busca.
Antes, a Interpol emitira um mandado de detenção, que levara o casal indiano a refugiar-se em locais públicos, sobretudo em estabelecimentos comerciais. Mas a fuga não durou muito tempo e o casal acabou por ser apanhado pela polícia.
Enfrentam uma pena que pode chegar aos dois anos de prisão. Alegam que desconheciam que a empregada era menor de idade. Justificam que contrataram a criança depois de esta lhes ter assegurado que tinha 18 anos.
Terão mais dificuldade em explicar por que razão fecharam a empregada em casa, sem alimentos. E também incompreensível é a criação de um circuito interno, com câmaras de vídeo para vigiarem a empregada, enquanto viajavam para a Tailândia.
Ainda mais incompreensível é o facto de não terem, sequer, permitido à menor de 13 anos que se alimentasse.
