As más relações entre o Marítimo e o FC Porto levam Carlos Pereira, presidente dos insulares, a proferir uma declaração polémica. “Não farei nada para que o Benfica não seja o campeão”, diz o dirigente, em dia de Marítimo-Benfica, que pode precipitar a entrega do título.
“As equipas [Benfica e Marítimo] vão querer vencer. Nada farei para que o Benfica não seja campeão, mas também nada farei para que o Marítimo não vá à Liga Europa”, disse o presidente do Marítimo, Carlos Pereira, antes de receber o líder do campeonato, que pode dar na Madeira um passo decisivo na conquista do título.
As palavras de Carlos Pereira não resultam de qualquer simpatia pelo Benfica, mas antes pelas más relações entre o Marítimo e o FC Porto, resultado das transferências de Kléber e Djalma para o Estádio do Dragão, contra a vontade de Carlos Pereira.
E se o Marítimo ainda está na luta pela Liga Europa, uma vitória frente aos encarnados – no jogo do Estádio dos Barreiros (hoje, a partir das 20h00, com transmissão em direto na SportTV) – será uma missão muito complicada para os insulares.
Mas Carlos Pereira atira para os ombros do Benfica toda a pressão do encontro de hoje. “O jogo é difícil para o Marítimo, mas também o é para o Benfica… O Marítimo tem uma grande responsabilidade de participar numa competição europeia”, defendeu ainda.
Os elogios de Carlos Pereira ao Benfica soaram a indireta para o FC Porto: “O Benfica tem seis milhões de portugueses e, se juntarmos os do Marítimo, são seis milhões e muitos. São dois clubes superiormente liderados por pessoas do povo, somos a força do trabalho. O Benfica é o maior do País, o Marítimo é o único da Madeira”.
Em caso de vitória, no encontro dos Barreiros, a equipa de Jorge Jesus não garante o título, mas repõe a folga de quatro pontos, em relação aos bicamopeões. E em caso de triunfo frente ao Estoril, na jornada seguinte, chega ao Estádio do Dragão, na penúltima jornada, sem necessidade de ganhar ou empatar para segurar o primeiro posto. Na última jornada, o Benfica recebe o Moreirense.
