Partidos vão reduzir os orçamentos das campanhas eleitorais. PS ainda não avança com números, mas também vai seguir a estratégia de poupança. Os orçamentos terão de ser entregues na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos até terça-feira.
Em temos de crise, a ordem é para poupar. E a redução do orçamento da campanha pode até funcionar como a melhor estratégia, para cativar o eleitorado, que reconhecerá nesta medida uma atitude responsável.
Os partidos que optarem pelo caminho inverso poderão com certeza colocar mais outdoors nas ruas, ou mais panfletos nas caixas do correio, mas serão criticados pelo despesismo em tempos de apertar o cinto. E perderão votos.
Assim, o PSD vai gastar ‘apenas’ dois milhões de euros na campanha das Legislativas, o que representa uma poupança que ronda os 30 por cento, em comparação com as eleições anteriores. Em 2009, os sociais-democratas investiram mais de três milhões.
O PS não avança com os números, mas certamente os socialistas reduzirão de forma significativa o orçamento milionário de há dois anos, que superou os cinco milhões. A máquina eleitoral de José Sócrates deverá ser, no entanto, a mais elevada de todos os partidos.
Bem mais modestas são as quantias de CDU, Bloco de Esquerda e CDS-PP. Os comunistas investem cerca um milhão – metade do valor de 2009 –, e o Bloco fica-se pelos 800 mil e os centristas dedicam 700 mil euros (ainda menos do que os 850 mil das eleições anteriores).
O prazo para entrega dos orçamentos dos partidos na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos termina na terça-feira.
