A morte de um bebé, vítima de raquitismo agudo, em 2012, levará os pais vegetarianos ao banco dos réus. A criança, de cinco meses, foi vítima de subnutrição, sendo os pais vão responder num tribunal de Londres por homicídio por negligência. Os dois progenitores declararam-se culpados deste crime.

Os pais vegetarianos de um bebé de cinco meses que morreu em 2012 vão ser processados, respondendo por homicídio, depois da morte da criança, por raquitismo agudo.

Nkosiyapha Kunene, de 36 anos de idade, e Virginia Kunene, de 32, são originários do Zimbabué, mas moram em Londres, onde criavam um filho: o pequeno Ndingeko, que morreu a 14 de junho de 2012.

Os dois progenitores declararam-se culpados do crime de homicídio por negligência, num tribunal londrino. E apesar destes factos estão em liberdade condicional, enquanto decorre o julgamento.

O bebé terá sido alimentado com uma dieta vegetariana, que se revelou fatal. O Daily Telegraph revela que os pais de Ndingeko apenas o alimentavam com legumes, ovos e leite.

Segundo o promotor de justiça, Richard Whittam, “a criança ficou doente em resultado da dieta que recebeu”. Os detalhes da alimentação do bebé não foram detalhados.

Numa audiência, o juiz Rabinder Singh realçou “a gravidade do crime”, que “tirou a um bebé”, o que “não pode ser desvalorizado” na análise a este caso. E a sentença deverá assentar nestes factos.

O menino acabou por morrer após diversos problemas de desenvolvimento dos ossos. A autópsia revelou que tinha níveis de vitamina D e cálcio muito reduzidos. Estes factos foram associados à dieta vegetariana, que é pobre em nutrientes, quando mal adotada.

O raquitismo – doença muito comum em tempos de miséria – praticamente desapareceu nos países ocidentais, depois da adição daquela vitamina na dieta. As crianças prematuras ficam mais suscetíveis, ainda que existam diversos modos de evitar o problema que tirou a vida a Ndingeko.