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Bazou sorri ao comer erva após 16 anos aprisionado numa jaula minúscula

bazoux210bazouUm chimpanzé voltou a sorrir ao fim de 16 anos, bastando para tal algo simples como comer a erva. Bazou vivia em “prisão solitária”, como explica Ainaire Ladago: “estava em tão mau estado, tão magro que os ossos eram claramente visíveis, além de estar desidratado”.

Bazou é um chimpanzé que foi resgatado e devolvido com sucesso à liberdade. O símio teve de atravessar um longo processo de reabilitação, no Centro de Vida Selvagem do Limbe, nos Camarões, depois de 16 anos confinado a uma jaula minúscula.

“Antes do resgate, Bazou fora mantido numa jaula tão pequena que mal tinha espaço para se mover,com  uma corda à volta do pescoço remanescente de uma corrente que tinha sido usada quando era jovem”, explicou o técnico Ainaire Ladago, citado pela organização Care2: “Bazou passou 16 anos em prisão solitária. Quando chegou, ele estava em tão mau estado, tão magro que os ossos eram claramente visíveis, além de estar desidratado”.

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O principal problema na reabilitação do animal estava na barreira da linguagem, pois Bazou crescera sem socializar e não sabia como interagir com os restantes chimpanzés. “Este mês”, revelou Ladago, “Bazou começou a integração na nova família, um grupo de 36 chimpanzés”.

A adaptação tem sido progressiva: “primeiro, conheceu TKC, o macho dominante do grupo. Foi um passo importante, pois a aceitação do Bazou pelo TKC teria impacto no comportamento do resto do grupo. Esta introdução correu muito bem, o que é muito raro para os chimpanzés machos adultos. TKC rapidamente se tornou num protetor de Bazou e, depois de ambos passaram alguns dias juntos, continuaram juntos enquanto Bazou conhecia mais membros da nova família”.

“Ele foi recebendo a proteção da maior parte dos membros dominantes do grupo”, continuou o técnico dos Camarões: “apesar de ter um pouco de dificuldade com alguns dos machos jovens e agitados do grupo, que o deixaram com algumas feridas sem gravidade, Bazou tinha um sorriso permanente no rosto. De alguma forma, o resto dos membros do grupo entendeu que Bazou é especial e eles aceitam a falta de conhecimento da ‘língua chimpanzé’”.

Um sorriso que voltou ao rosto deste chimpanzé, passados 16 anos de prisão e reabilitação, e que ocorre nos momentos mais simples e inesperados, como no simples ato de comer erva em liberdade. “Ele agora passa o dia a brincar com os mais jovens, enquanto é ‘trabalhado’ pelos dominantes”, salienta Ladago: “ele adora ficar debaixo da maior árvore, apenas a ver os outros, com um sorriso no rosto. Agora tem uma família para proteger e para ser protegido”.

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