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Avião desaparecido: 200 milhões de dólares por ano só para as buscas

malaysia airlines 6malaysia airlines 600 1Quem vai pagar a fatura das operações de busca do avião da Malaysia Airlines que desapareceu no oceano Índico? Um perito avalia que, por ano, serão precisos “200 milhões de dólares por cada ano”, uma vez que “a busca vai prolongar-se no tempo”.

Descobertas as pistas que indicam a provável localização do avião da Malaysia Airlines que desapareceu no oceano Índico, há uma nova questão a preocupar as autoridades: quem é vai pagar a fatura de todo o esforço desenvolvido nas operações de busca?

O contínuo adiamento das patrulhas, devido ao mau tempo na região onde presumivelmente se encontram os vestígios do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, apenas faz agravar os custos das operações, como destacaram vários peritos chineses.

É quase consensual a tese de que esta operação será a mais cara de sempre na história da aviação, com um custo anual a rondar os 200 milhões de dólares, cerca de 145 milhões de euros.

É um valor que excede “em muito” os 40 milhões de dólares que, de 2009 a 2011, a França e o Brasil investiram para recuperar as caixas negras de um avião da Air France que caiu no oceano Atlântico.

“Sim, a busca vai prolongar-se no tempo”, alertou o oceanógrafo Zhao Chaofang, numa entrevista ao South China Morning Post, adiantando uns cálculos: “200 milhões de dólares por cada ano no mínimo para manter o esforço internacional”.

Durante os dois anos que demoraram as operações de recuperação do avião da Air France, as autoridades apenas conseguiram resgatar 50 dos 228 corpos das vítimas de um acidente que não deixou sobreviventes.

“Nova pista”

As autoridades australianas, que lideram as operações de busca pelos destroços do avião no oceano Índico, revelaram hoje a existência de “uma nova pista credível”.

Os meios foram deslocados para uma zona a cerca de 1100 quilómetros a nordeste do local onde têm decorrido nos últimos dias.

“A nova informação é baseada numa análise contínua dos dados de radar, entre o Mar do Sul da China e o Estreito de Malaca, antes do contacto de radar ter sido perdido”, salientou uma fonte da autoridade de segurança marítima da Austrália.

A estes dados junta-se a teoria de que, voando a uma velocidade superior à estimada inicialmente, o avião da Malaysia Airlines terá esgotado o combustível mais cedo do que o previsto, o que levou a uma redução no perímetro de busca.

O Boeing 777-200 desapareceu a 8 de março, quando efetuava o voo MH370, de Kuala Lumpur para Pequim, com 239 pessoas a bordo.

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