Mundo

Aumenta o número de fumadores e o tabagismo mata mais que nunca

Está a aumentar o número de fumadores, bem como a quantidade de mortos por tabagismo, em todo o mundo, aponta o relatório ‘Global Burden of Diseases’. Uma equipa de investigadores concluiu que, apesar das políticas de combate ao tabagismo, havia em 2015 mais 80 milhões de fumadores do que em 1990.

Um estudo realizado por uma equipa de investigadores (divulgado pela agência Lusa) concluiu que um em cada quatro homens e que uma em cada 20 mulheres fumavam, em 2015, ano a que reporta a pesquisa, resumida no relatório ‘Global Burden of Diseases’, que avalia o impacto das doenças.

Em termos de média, há uma melhoria. No entanto, o aumento da população mundial leva a que se verifiquem mais 80 milhões de fumadores, numa comparação entre 1990 e 2015.

Em 1990, havia 870 milhões de fumadores. Já em 2015 contavam-se 930 milhões.

Facto relacionado com estes dados é a mortalidade por tabagismo, que naturalmente também aumentou. Entre aqueles anos, verificou-se um aumento de 4,7 por cento de óbitos relacionados com o tabaco. No total, em 2015, houve cerca de 6,4 milhões de mortos.

Estes dados podem ser considerados um fracasso das políticas antitabágicas, em alguns países.

Numa antevisão dos próximos anos, estima-se que a mortalidade cresça, ainda que os governos tenham colocado entre as prioridades o combate ao tabagismo.

Do outro lado da barricada, estão as estratégias das tabaqueiras, que levam a que novos mercados sejam explorados, sobretudo nos países em desenvolvimento – onde o conhecimento sobre os malefícios do tabaco é ainda escasso.

Refira-se que, em todo o mundo, uma em cada 10 mortes resulta do tabagismo. Quatro países chamam a si 50 por cento do total de óbitos: China, Índia, EUA e Rússia.

Dois terços do consumo mundial resumem-se a cinco países: Bangladesh, Filipinas, Japão, Brasil e Alemanha.

Além das mortes que resultam do hábito de fumar, há outra questão relevante: os problemas de saúde associados, que não sendo causa de morte, diminuem a qualidade de vida e provocam doenças potencialmente mortais e que ficam fora desta estatística negra.

Em destaque

Subir