A vida do ex-soldado norte-americano que matou Bin Laden mudou, desde maio de 2011, quando o líder da al-Qaeda foi capturado. O antigo militar, que mantém o anonimato, perdeu a reforma e até o casamento se desmoronou. O herói que capturou o vilão está na reserva e sem seguro de saúde, desde que abandonou as Forças Armadas.
Foi elevado a herói nacional, quando matou Osama Bin Laden, numa operação da unidade de elite norte-americana, no Paquistão. É o responsável pelos disparos fatais, que mataram o cérebro da al-Qaeda, morto por estar armado e constituir ameaça, em maio do ano de 2011.
Mas este ex-soldado norte-americano está esquecido pelos EUA, perdeu o direito à reforma e à cobertura de saúde, tudo porque não faz parte da reserva das Forças Armadas norte-americanas.
O antigo soldado, que mantém o anonimato, retirou-se do ativo em setembro de 2012 e perdeu desde logo o seguro de saúde. Segundo as leis militares norte-americanas, apenas é garantida cobertura médica aos soldados que se mantenham ativos na reserva.
“O seguro de saúde, para mim e para a minha família, terminou. Perguntei se havia algum género de transição entre o Tricare e o Blue Cross [seguros militar e civil], mas disseram-me que não. Disseram-me ‘estás fora do serviço, a tua cobertura terminou. Obrigado pelos teus 16 anos de serviço’”, desabafa, em entrevista concedida à revista Esquire.
A vida deste antigo soldado tornou-se uma tormenta, em resultado do serviço que prestou ao seu país e não obstante ter sido muito elogiado pela sua frieza e por ter ajudado o Presidente dos EUA a dizer “apanhámo-lo”, na célebre declaração de Obama, após a captura de Bin Laden.
Agora, o soldado que perdeu todos os apoios tem de suportar as despesas do seguro, não tem reforma e até a sua vida pessoal saiu prejudicada pelo serviço ao país: o casamento terminou, também por ‘culpa’ da sua carreira militar.
O soldado recordou o momento em que matou o homem mais procurado do mundo. revela que enfrentou Osama Bin Laden no esconderijo de Abbottabad, no Paquistão, e que disparou “duas vezes”, primeiro, vendo o líder da al-Qaeda cair. Disparou um terceiro tiro, já que Osama estava armado e constituía uma ameaça.
Esta missão terminou e foi bem sucedida. Mas o principal ator da captura de um terrorista que assombrou os EUA está esquecido pelo seu país.