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Alzheimer e Parkinson: Teste a fármaco demonstra sucesso ‘quatro em um’ em ratos

cerebrocerebrox510Um teste com ratos portadores da doença do prião parou a evolução da mesma, protegeu o cérebro, restaurou comportamentos e preveniu a perda de memória. Um sucesso ‘quatro em um’ que aumenta as expetativas quanto a uma cura para o Alzheimer e o Parkinson.

Um teste a um fármaco teve um sucesso ‘quatro em um’ no caso da doença do prião, um distúrbio neurológico dos ratos com um mecanismo semelhante às doenças humanas de Alzheimer e Parkinson. O estudo foi conduzido por investigadores da Universidade de Leicester e baseou-se numa enzima designada PERK, que atua sobre a produção de proteínas.

Durante o teste, o fármaco parou a evolução da doença, protegeu o cérebro, restaurou comportamentos e preveniu a perda de memória, como salientou à France Press a professora de toxicologia Giovanna Malluci, que participou no estudo: “ficámos muito entusiasmados quando vimos que o tratamento parou o percurso da doença e protegeu as células do cérebro, restaurando alguns comportamentos normais e prevenindo a perda de memória nos ratos”.

Esse sucesso ‘quatro em um’ faz aumentar as expetativas quanto à descoberta de uma cura para doenças neurológicas com um mecanismo semelhante que afetam os humanos, em especial o Alzheimer e o Parkinson. Contudo, os investigadores realçaram que o fármaco testado ainda está numa fase muito inicial.

O medicamento testado tem por missão desativar o UPR, uma sigla inglesa que denomina a ordem para as células produzirem novas proteínas. Estas doenças neurológicas têm por base a acumulação de proteínas deformadas e é essa acumulação que impede a inibição do UPR: como as células continuam a produzir proteídas (normais e deformadas), os neurónios vão morrendo sem que sejam substituídos.

No ensaio, cujo resumo foi publicado na revista norte-americana Science Translational Medicine, foram utilizados 29 ratos com a doença do prião. O grupo que recebeu a enzima no período de sete semanas após a infeção (com os prisões) mantiveram a memória, mas os ratos que receberam a enzima nove semnas após a infeção não conseguiram reconhecer um objeto familiar.

As autópsias confirmaram que os ratos que receberam o fármaco tiveram uma menor morte de células cerebrais, com realce para o período de tratamento: os que foram tratados nove semanas após a infeção ficaram com o cérebro mais degradado do que os das sete semanas.

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