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Acusação diz que Mladic cometeu a “pior atrocidade na Europa desde a II Guerra”

ratko_mladicO julgamento do ex-chefe do exército da Bósnia, Ratko Mladic, foi interrompido, um dia depois de ter começado, em virtude de “irregularidades”. Mladic responde por crimes de guerra e a acusação fala de “pior atrocidade na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”.

A decisão foi anunciada pelo juiz, Alphons Ori, que adiou a audiência “por tempo indeterminado”, devido a “irregularidades” na transferência de documentos entre acusação e defesa, o que comprometeu a preparação do julgamento.

Mas esta audiência fica sobretudo marcada pelas palavras a acusação, na descrição do “horror do massacre de Srebrenica”, de 1995, “orquestrado por Mladic”. Ainda segundo a acusação, trata-se da “pior atrocidade na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”.

Mladic, apelidade de “carniceiro da Bósnia”, responde por 11 acusações de crimes de guerra, crimes contra a Humanidade e genocídio, durante a guerra da Bósnia, que ocorreu entre 1992 e 1995, e em particular o massacre de Srebrenica, com 8000 mortos.

Antes do adiamento, os promotores apresentaram de vídeos realizados em Srebrenica, após os crimes em massa em 11 de julho de 1995. As imagens mostram o ex-general triunfante, à entrada em Srebrenica, a agradecer e a felicitar os seus homens.

Ratko Mladic, que conta agora 70 anos, reagiu em negação e, por vezes, com sorrisos irónicos. A defesa baseia o seu trabalho no estado de saúde débil do acusado, por ter sofrido três acidentes vasculares cerebrais (em 1996, 2008 e 2011).

Receia-se que Mladic não viva o tempo suficiente para ser condenado. Esse é o maior medo dos familiares das vítimas.

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