O cenário de seca extrema voltou a afetar Portugal Continental, sendo que o Ministério da Agricultura aponta um agravamento do cenário durante o mês de maio, marcado pelo calor e poucos períodos de chuva.
As chuvas de abril trouxeram uma redução do cenário de seca que se assinalou durante o inverno – dada a ausência de chuvas nos últimos meses do ano – e no início da primavera. Esperava-se que o mês de fevereiro trouxesse chuva, mas a seca prolongou-se e só em abril o quadro sofreu uma melhoria, de acordo com o instituto de Meteorologia.
No entanto, a seca extrema já atinge 28 por cento do território de Portugal Continental. Os aguaceiros dos últimos dias foram insuficientes para repor as águas nos solos. A primeira quinzena deste mês não trouxe a chuva esperada e, em vésperas de verão, um quarto do território está em situação crítica.
Seca extrema é o escalão máximo de uma tabela que avalia os níveis de água nos solos. Algarve, Alentejo e a região Oeste são os territórios mais afetados, sendo que todo o interior do país enfrenta cenário igualmente preocupante.
De acordo com dados do Instituto de Meteorologia (IM), a precipitação na primeira quinzena do mês ficou muito aquém do nível normal em abril, em Portugal Continental. A média de precipitação não superou os 41 por cento no norte do País, os 43 por cento na região centro e os 42 por cento no sul de Portugal.
O ano hidrológico, que tem início em outubro, assinalava apenas 51 por cento do nível de chuvas médio, no início de abril, altura em que o IM divulgou os mais recentes números da seca em Portugal: 57 por cento do território permanecia em seca extrema e 42 por cento num quadro de seca severa.
O problema da seca em Portugal agravara-se nos meses de fevereiro e março, segundo dados do Observatório de Secas do IM, e não melhorou em abril nem em maio.